Taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu em 2016 para 4,8%, em parte devido à epidemia do vírus zika a partir de 2015 (Mario Tama/Getty Images)
AFP
Publicado em 17 de julho de 2018 às 10h14.
Última atualização em 11 de abril de 2019 às 13h59.
A taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu em 2016 para 4,8%, em parte devido à epidemia do vírus zika a partir de 2015, o que representa o primeiro aumento deste indicador em 26 anos, segundo números divulgados pelo ministério da Saúde nesta segunda-feira.
Em 2016 foram registradas 14 mortes de crianças com até um ano a cada mil, contra 13,3 mortes no ano anterior, informou o ministério em relatório enviado à AFP.
A taxa de mortalidade infantil estava caindo desde 1990, quando se situava em 47,1 por cada mil crianças com menos de um ano.
O indicador, segundo o ministério, foi afetado por uma redução de 5,3% na taxa de nascimentos no Brasil devido ao "adiamento da gestação e, em parte, ao impacto da epidemia do vírus zika", que mergulhou o Brasil em uma emergência sanitária entre novembro de 2015 e maio de 2017.
Desta maneira, "houve uma redução do denominador usado para o cálculo da taxa de mortalidade infantil, o que afetou o cálculo da taxa. E também é necessário esclarecer que as crianças são as que mais sofrem com as mudanças socioeconômicas".
O Brasil está se recuperando da recessão entre 2015 e 2016, o que levou a fechar 2017 com um déficit fiscal de 110,583 bilhões de reais.
Durante a epidemia de zika, um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foram registrados 2.753 casos em todo o país, sendo a região nordeste a mais afetada.