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Tarifa de ônibus não vai subir em 2015, diz SPTrans

De acordo com o diretor da empresa, a Prefeitura está desenvolvendo uma série de tecnologias que reduzirão os custos do sistema


	Ônibus: entre as melhorias citadas está um novo modelo de licitação para o transporte
 (Fernando Moraes/VEJA SÃO PAULO)

Ônibus: entre as melhorias citadas está um novo modelo de licitação para o transporte (Fernando Moraes/VEJA SÃO PAULO)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 08h34.

São Paulo - O diretor financeiro da São Paulo Transporte (SPTrans), Denilson Ferreira, afirmou aos vereadores, em audiência pública na Câmara Municipal, nessa quarta-feira, 5, que a empresa responsável pelo transporte municipal não prevê aumento da tarifa de ônibus em 2015.

De acordo com Ferreira, a Prefeitura está desenvolvendo uma série de tecnologias que reduzirão os custos do sistema. Essa economia poderia chegar a R$ 800 milhões e evitar a necessidade de reajuste.

Entre as melhorias citadas está um novo modelo de licitação para o transporte, com lançamento previsto para o próximo ano, após a conclusão de uma auditoria externa.

Somente com o estudo em mãos é que a Prefeitura decidirá sobre o tema. Ontem, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou desconhecer a afirmação de Ferreira.

Mas, segundo o diretor da SPTrans, o assunto reajuste nem está em discussão na empresa. "Não está previsto nenhum tipo de aumento para 2015. O que ajudará a manter a mesma compensação tarifária (subsídio) será a modernização do sistema, com nova bilhetagem e novos corredores", disse. As vias exclusivas terão uma faixa para ultrapassagem, aumentando a velocidade dos veículos.

A audiência pública debateu o projeto de lei orçamentária elaborado pela gestão Haddad. Na proposta, a Prefeitura reserva R$ 1,4 bilhão para o pagamento de subsídio como compensação do congelamento da tarifa em R$ 3.

O valor, no entanto, não será suficiente nem para este ano - a Prefeitura já informou que o repasse às empresas chegará a R$ 1,7 bilhão.

Esse aumento de R$ 300 milhões é justificado pela implementação do bilhete único mensal e pela mudança na legislação da gratuidade para idosos, que agora é de 60 anos.

Economia

Antes da afirmação de Ferreira, integrantes da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara avaliavam ser necessário propor uma suplementação de verba destinada ao subsídio.

Na conta dos vereadores, a manutenção da tarifa custaria ao menos R$ 2 bilhões em 2015. Com a previsão de economia feita pela SPTrans, os parlamentares devem aprovar a proposta de R$ 1,4 bilhão para pagamento de subsídios em 2015.

O vereador Paulo Fiorilo (PT) diz que ainda não se pode dizer o valor exato, mas que há margem para economia.

Ele ressaltou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes, realizada no ano passado, já sinalizava ser possível reduzir o valor da passagem em R$ 0,11, alterando a regra do valor pago pelo diesel usado nos 15 mil ônibus que rodam pela cidade.

Nos contratos atuais, a fatia do combustível é calculada segundo o preço médio praticado pelo mercado. A sugestão é usar o mínimo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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