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Tarcísio toma posse em SP, agradece Bolsonaro e promete "respeito aos adversários"

Chegada de Tarcísio ao governo de São Paulo encerra 28 anos de gestão do PSDB no estado

Tarcísio Gomes de Freitas: ex-ministro da Infraestrutura tomou posse como governador de SP (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Tarcísio Gomes de Freitas: ex-ministro da Infraestrutura tomou posse como governador de SP (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de janeiro de 2023 às 10h38.

Encerrando 28 anos de gestão tucana no Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) e seu vice, Felício Ramuth (PSD), tomaram posse do governo do Estado de São Paulo nesta manhã. Em seu primeiro discurso como governador do Estado, ele agradeceu o presidente Jair Bolsonaro, reafirmou promessa de realizar uma gestão técnica e pediu maior força política a São Paulo.

“Meus agradecimentos, como não poderia deixar de ser, ao presidente Jair Bolsonaro que enxergou o que ninguém havia enxergado naquele momento, quanta ousadia”, disse.

Tarcísio fez um discurso focado em políticas sociais e na diminuição da pobreza, alegou que o Estado precisa ampliar o próprio peso político para equiparar com o econômico e disse que vai promover um ambiente de diálogo na Alesp.

“Vamos trabalhar na construção de consensos e convencimento por meio de trabalho técnico. Vamos buscar maioria para realizar programas e manter profundo respeito pelos adversários”, afirmou.

Diálogo com parlamentares

Tarcísio chegou às 9h na Alesp para a cerimônia e recebeu das mãos do presidente da Casa, Carlão Pignatari (PSDB), uma réplica do Monumento às Bandeiras, do artista plástico Victor Brecheret.

Participaram da cerimônia o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PSD e futuro secretário de Governo e Relações Institucionais Gilberto Kassab, autoridades e deputados estaduais.

Entre eles, acompanhou a cerimônia o deputado Douglas Garcia, que hostilizou a jornalista Vera Magalhães em debate na TV Cultura e foi criticado por Tarcísio. Também participou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral Paulo Galizia, a quem Tarcísio elogiou pela condução do processo eleitoral.

Ao chegar na Alesp, Tarcísio foi recebido com gritos de apoio por manifestantes que ocupam a porta do Comando Militar do Sudeste, vizinho à Assembleia. O grupo questiona o resultado das urnas e pede intervenção militar.

O novo governador inicia hoje sua gestão na administração paulista com o desafio de consolidar seu próprio grupo político. Eleito na esteira de seu padrinho, Jair Bolsonaro (PL), ele tem como principal articulador político o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Como mostrou o Estadão, conciliar diversos grupos políticos com a proposta de um governo técnico foi o que norteou a formação do novo secretariado.

Tarcísio agora segue ao Palácio do Planalto, onde recebe do governador Rodrigo Garcia o Pavilhão do Governador e empossa seu secretariado.

Rodoanel e promessas de campanha

Encerrando 28 anos da gestão tucana no Estado, o governador diplomado afirmou que pretende ter uma relação de muito diálogo com o parlamento e que, neste início de governo, vai focar em cumprir promessas de campanha. Entre os focos dos 100 primeiros dias, estará o leilão do Rodoanel.

"Os primeiros dias serão de muito trabalho, Pretendemos fazer as primeiras entregas e leilões importantes como o do Rodoanel", disse, em entrevista para a TV Alesp. Tarcísio estava acompanhado do vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD).

Ao chegar no local, o grupo de manifestantes que permanece acampado ao lado do Comando Militar do Sudeste e questiona o resultado das urnas, recebeu o ex-ministro aos gritos de "Tarcísio". O acampamento está localizado ao lado da Assembleia Legislativa.

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