Suíça suspeita de lavagem de dinheiro em contratos da CBF
Meta é tentar traçar a rota do dinheiro que passava pela entidade e por seu ex-presidente, Ricardo Teixeira
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2015 às 07h37.
Genebra - O Ministério Público da Suíça investiga os contratos secretos da CBF com parceiros comerciais e examina as suspeitas de que eles possam ter sido usados para justificar lavagem de dinheiro.
A meta é tentar traçar a rota do dinheiro que passava pela entidade e por seu ex-presidente, Ricardo Teixeira.
A suspeita é de que o cartola teria recebido uma propina milionária para votar pelo Catar para sediar a Copa de 2022.
Os investigadores suíços querem saber se houve lavagem de dinheiro usando contas nos bancos locais.
A Agência Estado revelou na última sexta-feira que os escritórios da Kentaro na Suíça foram alvo de uma operação.
A Kentaro organizava os jogos da seleção brasileira entre 2006 e 2012.
A cúpula da companhia confirmou a ação da Justiça e disse que vem fornecendo documentos desde 2013.
O MP suíço também confirma a operação. "A companhia Kentaro AG no cantão de Saint Gallen entregou informações à Procuradoria-Geral no quadro de uma coleta de evidências em base cooperativa", declarou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
"Essa entrega de documentos ocorreu no dia 27 de maio de 2015.".
A Agência Estado apurou que o confisco envolveu centenas de páginas de contratos e de fluxos de pagamentos para a CBF, além de organogramas de depósitos.
No interrogatório, que ocorreu em total sigilo, os dirigentes da Kentaro foram solicitados a explicar o fluxo do dinheiro, desde os contratos comerciais, televisão, gastos com a organização e o que seria dado para cada federação nacional.
Segundo a apuração do MP, a CBF recebeu oficialmente US$ 2 milhões pelo jogo contra a Argentina no Catar.
Mas a suspeita levantada pelos investigadores é de que um valor ainda maior foi diretamente para o bolso de Ricardo Teixeira, o que poderia ser o indício de uma propina.
Intermediária
Para que o dinheiro chegasse ao brasileiro, a suspeita é de que foi utilizada uma empresa com sede na Suíça que seria a intermediária de interesses do Catar.
Trata-se da Swiss Mideast Finance Group, que ajudou a financiar a partida com seus parceiros ocidentais.
A companhia é a mesma que presta consultoria para a Qatari Diar, construtora estatal e que é responsável pelas obras da Copa do Mundo.
A Qatari Diar é presidida por Ghanim Bin Saad, que acumula a gerência da Ghanim Bin Saad Al Saad & Sons Group Holdings (GSSG) - responsável por obras da Copa. Contactadas pela reportagem, as empresas se recusaram a comentar seu envolvimento no jogo do Brasil contra a Argentina ou com a CBF.
Genebra - O Ministério Público da Suíça investiga os contratos secretos da CBF com parceiros comerciais e examina as suspeitas de que eles possam ter sido usados para justificar lavagem de dinheiro.
A meta é tentar traçar a rota do dinheiro que passava pela entidade e por seu ex-presidente, Ricardo Teixeira.
A suspeita é de que o cartola teria recebido uma propina milionária para votar pelo Catar para sediar a Copa de 2022.
Os investigadores suíços querem saber se houve lavagem de dinheiro usando contas nos bancos locais.
A Agência Estado revelou na última sexta-feira que os escritórios da Kentaro na Suíça foram alvo de uma operação.
A Kentaro organizava os jogos da seleção brasileira entre 2006 e 2012.
A cúpula da companhia confirmou a ação da Justiça e disse que vem fornecendo documentos desde 2013.
O MP suíço também confirma a operação. "A companhia Kentaro AG no cantão de Saint Gallen entregou informações à Procuradoria-Geral no quadro de uma coleta de evidências em base cooperativa", declarou a assessoria de imprensa do Ministério Público.
"Essa entrega de documentos ocorreu no dia 27 de maio de 2015.".
A Agência Estado apurou que o confisco envolveu centenas de páginas de contratos e de fluxos de pagamentos para a CBF, além de organogramas de depósitos.
No interrogatório, que ocorreu em total sigilo, os dirigentes da Kentaro foram solicitados a explicar o fluxo do dinheiro, desde os contratos comerciais, televisão, gastos com a organização e o que seria dado para cada federação nacional.
Segundo a apuração do MP, a CBF recebeu oficialmente US$ 2 milhões pelo jogo contra a Argentina no Catar.
Mas a suspeita levantada pelos investigadores é de que um valor ainda maior foi diretamente para o bolso de Ricardo Teixeira, o que poderia ser o indício de uma propina.
Intermediária
Para que o dinheiro chegasse ao brasileiro, a suspeita é de que foi utilizada uma empresa com sede na Suíça que seria a intermediária de interesses do Catar.
Trata-se da Swiss Mideast Finance Group, que ajudou a financiar a partida com seus parceiros ocidentais.
A companhia é a mesma que presta consultoria para a Qatari Diar, construtora estatal e que é responsável pelas obras da Copa do Mundo.
A Qatari Diar é presidida por Ghanim Bin Saad, que acumula a gerência da Ghanim Bin Saad Al Saad & Sons Group Holdings (GSSG) - responsável por obras da Copa. Contactadas pela reportagem, as empresas se recusaram a comentar seu envolvimento no jogo do Brasil contra a Argentina ou com a CBF.