STF nega recurso de empregados de Furnas contra decisão que liberou AGE da Eletrobras
No recurso, a Asef argumentou que qualquer deliberação da Eletrobras deveria aguardar uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques
Agência de notícias
Publicado em 14 de maio de 2024 às 15h31.
Última atualização em 14 de maio de 2024 às 15h42.
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por unanimidade, um recurso da Associação de Empregados de Furnas (Asef) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes que deu aval à realização da Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) da Eletrobras na qual foi aprovada a incorporação de Furnas. O julgamento foi realizado no plenário virtual e terminou nesta sexta-feira, 10.
No recurso, a associação argumentou que qualquer deliberação da Eletrobras deveria aguardar uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques na ação que questiona o limite de 10% para o poder de voto da União.
A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Eletrobras buscam uma conciliação. Em abril, a pedido da AGU, Nunes Marques deu prazo de mais 90 dias para a tentativa.
Em janeiro, Moraes cassou duas decisões liminares proferidas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) que, a pedido da Asef, suspenderam a realização da AGE. A assembleia foi realizada logo após a medida de Moraes.
Para o ministro, as liminares desrespeitaram a lei de desestatização da Eletrobras, que continua válida apesar de ser objeto de negociação entre a União e a companhia.
Ao votar para rejeitar o recurso, Moraes disse que os argumentos trazidos pela Asef "não são suficientes para alterar a decisão agravada" porque apenas reiteraram as alegações já feitas aos tribunais de segunda instância. Ele foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.