Ministro Roberto Barroso durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (Nelson Jr./SCO/STF)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 21h01.
Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a análise de processos que discutem a chamada de desaposentação - a possibilidade de recálculo da aposentadoria.
O ministro Luís Roberto Barroso, relator de um dos casos, fez a leitura do relatório do processo, mas a votação não foi iniciada em razão do horário.
Na desaposentação, aposentados que retornam ao trabalho pedem recálculo do valor recebido, com acréscimo dos anos trabalhados na nova função.
O impacto financeiro estimado para as ações que tramitam na Justiça para os próximos 20 anos, nos cálculos da Advocacia-Geral da União (AGU), pode chegar a R$ 70 bilhões de acordo com atualização do INSS.
De acordo com a AGU, atualmente há 123.088 ações judiciais sobre desaposentação. A maioria dos casos foi suspensa, com o reconhecimento da repercussão geral do tema no STF. A estimativa é de que existam hoje em todo o País cerca de 480 mil aposentados trabalhando.
Tensão na Corte
A sessão desta tarde de quarta-feira, 8, foi praticamente toda tomada por um voto do ministro Gilmar Mendes em processo sobre questão tributária.
O processo só pode ser iniciado com a presença de Mendes, que havia pedido vista do caso. O ministro chegou atrasado e levou mais de uma hora para votar, o que levou a Corte a ficar até 18h resolvendo a questão sobre ICMS.
O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, queria iniciar o julgamento do caso de qualquer forma na sessão de hoje, mesmo por volta das 18h30, mas alguns ministros destacaram que possuíam outros compromissos.