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SP prevê volta às aulas em 8 de setembro, com rodízio de alunos

Os protocolos valem para alunos de todas as idades, tanto da rede pública quanto da privada; para o retorno será obrigatório o uso de máscaras

Volta às aulas: segurança sanitária, com distanciamento social e higienização, é essencial para a retomada (Veronique de Viguerie/Getty Images)
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Clara Cerioni

Publicado em 24 de junho de 2020 às 12h52.

Última atualização em 25 de junho de 2020 às 09h02.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 24, que o retorno das aulas presenciais no estado está previsto para começar gradualmente a partir de 8 de setembro.

O protocolo vale para educação municipal, estadual, mas também deve ser seguido pelas escolas privadas. Todas as etapas, da creche ao ensino superior, devem garantir o cumprimento das regras, assim como a educação complementar, como as escolas de inglês.

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Inicialmente, as escolas deverão fazer um rodízio de estudantes, em uma modalidade chamada de ensino híbrido, quando parte do conteúdo é ministrado presencialmente e outra parte à distância.

A capacidade dos alunos nas unidades começará em 35% na primeira fase, 70% na segunda e 100% na terceira. Cada unidade educacional terá autonomia para definir quais turmas retornarão primeiro, cumprindo a capacidade máxima determinada por etapa.

Segundo o governador, no entanto, as unidades escolares só poderão reabrir de fato se todas as 18 regiões de saúde do estado estiverem na fase amarela do plano São Paulo por ao menos os 28 dias anteriores.

Atualmente, não há nenhuma região nessa fase de flexibilização das medidas de isolamento social.A confirmação de que as aulas poderão voltar só acontecerá em 4 de setembro.

Uma preocupação compartilhada é o retorno rápido da educação fundamental, para evitar demissão em massa principalmente de mães que precisam cuidar de seus filhos pequenos e já estão voltando presencialmente ao trabalho. "Educação infantil é fundamental, mas ainda estamos trabalhando no planejamento do retorno", afirmou o secretário de Educação, Rossieli Soares.

Para o retorno, diversos protocolos foram desenvolvidos, com base em experiências internacionais (veja mais no fim da reportagem). "Respeitar o distanciamento de 1,5 metro é a regra de ouro para a volta. Ela vale para todas as redes e o uso de máscara será obrigatório", informou Soares.

Desde o início de março, quando a pandemia do novo coronavírus forçou o fechamento das escolas, os alunos da rede estadual estão acompanhando o conteúdo à distância, por meio de transmissão via televisão e no aplicativo Centro de Mídias SP (CMSP).

O retorno às aulas é um dos processos mais delicados para as autoridades. Só em São Paulo, são cinco mil unidades escolares, que atendem um contingente de 13 milhões de estudantes.

Será necessário desenvolver uma série de estratégias para avaliar o impacto educacional nesse período de isolamento. A equipe do governo paulista já antecipou que avalia a possibilidade da criação de um 4º ano opcional do Ensino Médio.

"Temos visto estudantes que querem mais tempo para se preparar para o vestibular. E nós vamos trabalhar para que, havendo vagas, estes jovens possam continuar estudando", disse Rossieli.

O governo definiu ainda três frentes estruturantes para o retorno das aulas: acolhimento socioemocional, recuperação e aprofundamento da aprendizagem e prevenção do abandono e evasão escolar.

Na avaliação de Ricardo Henriques, superintendente do Instituto Unibanco, o plano apresentado por São Paulo é extremamente relevante para que se possa fazer o retorno às aulas presenciais de maneira segura, buscando reduzir desigualdades. "Além das questões sanitárias, a busca ativa dos estudantes, com identificação dos mais vulneráveis e engajamento da comunidade escolar para que voltem a frequentar as atividades presenciais é fundamental para prevenir a evasão escolar e reduzir as desigualdades aprofundadas pela suspensão das aulas", diz.

Veja a seguir as principais regras que devem ser adotadas

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