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SP abre drive-thru de vacinação no Memorial da América Latina e Estádio do Morumbi

Até o próximo sábado, outros três pontos de drive-thru devem ser abertos: no Ginásio do Ibirapuera, no Parque Villa-Lobos e no Clube Atlético Monte Líbano

 Vacinação de idosos contra a covid-19, em um posto de atendimento em formato drive-thru montado no Estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista. (MISTER SHADOW/ASI/Estadão Conteúdo)

Vacinação de idosos contra a covid-19, em um posto de atendimento em formato drive-thru montado no Estádio do Morumbi, na zona sul da capital paulista. (MISTER SHADOW/ASI/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de março de 2021 às 16h39.

O secretário municipal de Saúde Edson Aparecido anunciou nesta terça-feira, 2, que as operações do drive-thru para vacinação contra a covid-19 do Estádio do Pacaembu serão encerradas nesta quarta-feira, 3, porque o local entrará em obras. Para continuar a imunização dos moradores da região, o serviço será oferecido no Memorial da América Latina. O anúncio foi feito no primeiro dia de funcionamento do drive-thru no Estádio do Morumbi, na zona sul, que registrava movimento tranquilo.

Até o próximo sábado, outros três pontos de drive-thru devem ser abertos: no Ginásio do Ibirapuera, no Parque Villa-Lobos e no Clube Atlético Monte Líbano. No Teatro Paulo Eiró, em Santo Amaro, na zona sul, haverá um posto volante.

Segundo Aparecido, 17 unidades do Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids também vão ser usadas para imunizar a população.

"Amanhã, a gente abre o Ginásio do Ibirapuera e o Teatro Paulo Eiró para dar sustentação às Unidades Básicas de Saúde daquela região. Até o final de semana, a gente ainda abre o Parque Villa-Lobos, a Igreja São Judas, que não será em sistema de drive-thru, e outro drive-thru no Clube Monte Líbano", diz Aparecido.

De acordo com o secretário, das mais de 730 mil pessoas vacinadas na capital, 40 mil foram imunizadas pelo sistema. "Cerca de 6 a 7%. A maioria da população continua sendo vacinada nas nossas Unidades Básicas de Saúde."

O governador João Doria (PSDB) informou que a vacinação em drive-thrus será mantida ao longo da campanha de imunização contra a covid-19.

"(Para) todo o sistema de drive-thru na capital de São Paulo, na Grande São Paulo, no interior do Estado e no litoral, a orientação do governo do Estado é para que funcione até o final da vacinação."

A partir desta terça-feira, 3, terá início a imunização para pessoas de 77 a 79 anos no Estado.

A vacinação ocorreu sem longas filas e rapidamente no drive-thru do Estádio do Morumbi nesta terça-feira. O aposentado Manoel Mello, de 82 anos, mora a cinco minutos de distância do local e foi vacinado pouco antes das 11 horas.

"Faz um ano que a gente não vê ninguém. É só pelo WhatsApp e telefone. Temos sete netos". A esposa Clarissa Ietto de Mello, de 79 anos, registrou a vacinação. "Ela não vai tomar por causa da idade, mas vamos voltar amanhã para ela ser vacinada."

A secretária Marta Alencar, de 49 anos, levou a tia Iracema Maria de Jesus, de 84 anos, para tomar a primeira dose. A ansiedade era grande. "Ela estava sem dormir. E tem mais energia do que eu e a filha dela juntas. Foi bom este local porque a gente mora aqui do lado."

Iracema não escondeu a animação depois da vacinação, e tem uma lista de pessoas queridas para rever quando a imunização estiver completa. "Não doeu nada. Eu tenho meus netos, bisnetos. Já tenho até tataraneta."

Mega drive-thrus

Os outros mega drive-thrus estão localizados nos seguintes pontos: Arena Corinthians, Centro de Exposições do Anhembi, Igreja Boas Novas e Clube Hebraica. Eles funcionam das 8h às 17h.

Também é possível se vacinar pelo sistema em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) das 8h às 17h. A lista pode ser vista aqui.

A vacina também está sendo aplicada em 468 UBSs, das 7h às 19h, de segunda a sexta. Nas AMAS/UBS’s Integradas, o horário de vacinação é o mesmo e as unidades abrem aos sábados. Os Centros-Escolas Barra Funda, Geraldo de Paula Souza e Samuel Barnsley Pessoa estão vacinando das 8h às 17h.

'Pior semana de toda a pandemia'

Durante coletiva no Estádio do Morumbi, Doria voltou a falar sobre a gravidade da pandemia e afirmou que se o governo federal não apresentar um plano unificado para conter o avanço da doença os governadores vão se mobilizar para agir. Ele também não descartou a possibilidade de lockdown.

"Nunca descartamos nada. Quem toma decisões não é o governo, o governador, o comerciante, é o Centro de Contingência. Estamos, de fato, na pior semana de todas as semanas da covid-19 não só em São Paulo, mas no resto do Brasil. Há uma preocupação dos secretários de Saúde."

Ele informou que os integrantes do centro vão definir nesta terça-feira o que será apresentado na coletiva desta quarta-feira, 3.

Vacina russa contra a covid-19

Os governadores terão uma reunião virtual nesta terça-feira, 2, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Alguns deles visitaram a fábrica da União Química para tratar da compra da vacina russa Sputnik. São Paulo também deve adquirir a vacina. Segundo ele, o secretário de Estado da Saúde Jean Gorinchteyn está representando São Paulo com a deliberação para a compra de 20 milhões de doses da vacina Sputnik.

"O fórum de governadores tem um específico para essa área de saúde, que é o governador Wellington Dias, do Estado do Piauí. Está fazendo um trabalho no limite junto ao Ministério da Saúde para que haja uma coordenação nacional Esse esforço ainda está sendo feito hoje. Talvez seja a última dessas tentativas para que tenhamos uma coordenação nacional do Ministério da Saúde. Se não tivermos uma resposta adequada do Ministério da Saúde para esta coordenação, o que seria absolutamente necessário, além de natural, os próprios governadores, através dos seus consórcios, dos seus governos e das suas secretarias de saúde, adotarão as medidas que forem necessárias para a vacinação e para as medidas restritivas também."

Doria afirma que os governadores estão preocupados com a situação que o País pode atingir nas próximas semanas. " Provavelmente, as duas próximas serão as mais difíceis do Brasil. Antes que tenhamos uma situação caótica, precisamos de uma atuação centralizada."

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