Senadora Simone Tebet (MDB-MS) (Roque de Sá/Agência Senado)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de abril de 2022 às 11h27.
Última atualização em 4 de abril de 2022 às 11h39.
A pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) afirmou que o campo da chamada "terceira via" está próximo de apresentar uma candidatura única para a disputa ao Planalto. Segundo a senadora, presidenciáveis do centro já se comprometeram a se unir em uma chapa que se apresente como alternativa a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Simone disse ter se encontrado com o tucano João Doria e o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e firmado um pacto com os presidentes Baleia Rossi, do MDB, e Bruno Araújo, do PSDB, para selar um acordo em torno de uma candidatura única. "Nunca estivemos tão próximos de um consenso", afirmou. As declarações foram feitas ao programa Canal Livre, da Bandeirantes, exibido na madrugada desta segunda-feira, 4.
"O próximo passo será [os presidentes dos partidos] estarem juntos para vir a público, inclusive através da imprensa, para dizer: estamos unidos e teremos candidatura única", completou.
A senadora afirmou também que as negociações ainda não incluem o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, porque, segundo ela, o ex-governador não se apresenta como integrante do centro democrático. "Ele é bem-vindo para conversar conosco, não há dúvidas disso", acrescentou.
Simone Tebet disse que não desistirá de sua pré-candidatura por entender que tem responsabilidade por ser, atualmente, a única representante feminina na disputa. Ela também reeditou críticas à polarização entre Lula e Bolsonaro. Ambos, segundo a senadora, se eleitos, "levariam o segundo turno até 31 de dezembro de 2026".
O número de nomes do "centro democrático" descrito por Simone tem diminuído nos últimos meses, o que facilita as negociações por união. Os senadores Alessandro Vieira (PSDB) e Rodrigo Pacheco (PSD), que eram considerados opções da "terceira via" até o fim do ano passado, desistiram das eleições. O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro também deu sinais de que desistiria, mas, após trocar o Podemos pelo União Brasil, recuou e disse que continua à disposição para o Executivo. As principais conversas, neste momento, giram em torno de Simone e João Doria, mas a terceira via também tem Felipe d'Ávila (Novo) e, possivelmente, a chegada de Eduardo Leite (PSDB).