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Serra defende suspensão do contrato da linha 5 do Metrô

Ex-governador de São Paulo disse que acordo deve esperar até que denúncias sejam investigadas

Serra lembrou que a concorrência já havia sido anulada uma vez pelo governo de SP (José Reynaldo da Fonseca/Wikimedia Commons)

Serra lembrou que a concorrência já havia sido anulada uma vez pelo governo de SP (José Reynaldo da Fonseca/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 20h14.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, defendeu hoje a suspensão dos contratos assinados pelo governo de São Paulo na última quarta-feira, 20, para a construção de lotes da linha 5 (lilás) do metrô na capital paulista. De acordo com Serra, é preciso investigar as denúncias publicadas na edição de hoje no jornal Folha de S.Paulo, segundo as quais, o processo de licitação dos lotes teria tido irregularidades e os consórcios vencedores já teriam sido escolhidos seis meses antes.

"Já não há mais licitação porque o contrato foi assinado semana passada, mas (o contrato) teria que ser suspenso. Tem algo rolando e acho que o governo estadual deveria promover uma investigação suspendendo o andamento", afirmou, após se reunir com deputados da bancada do PV da Assembleia Legislativa de São Paulo que declararam apoio à sua candidatura.

Serra sugeriu que pode ter havido "entendimento" entre as construtoras que venceram a licitação. Ele lembrou que o metrô suspendeu o processo em abril deste ano e mandou as empresas concorrentes refazerem os preços. A decisão ocorreu três dias depois que a Folha de S.Paulo registrou os nomes dos vencedores em cartório. "Eu lembro, não era mais governador, que o metrô inclusive anulou uma concorrência porque não gostou dos preços apresentados e exigiu diminuição nos preços, o que ocorreu na outra licitação", comentou. "Portanto, do ponto de vista dos custos, o metrô atuou impecavelmente. Se houve ou não entendimento entre os construtores é uma questão que, a meu ver, tem que ser investigada", disse.

Na avaliação dele, se as investigações comprovarem a fraude, a licitação terá que ser revista. Serra ironizou também sua adversária, a candidata do PT, Dilma Rousseff, depois que a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra confessou à Polícia Federal (PF) ter se reunido com o consultor Rubinei Quícoli, da EBRB, que negociava um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que ele teria sido pressionado a pagar uma comissão aos filhos e assessores de Erenice. "Pelo menos agora a candidata Dilma não vai atribuir à imprensa, como fez. Ela atribuiu o que tinha acontecido na Casa Civil a uma invenção da imprensa do ponto de vista eleitoral. Pelo menos agora ele não vai poder fazer isso", criticou.

Apoio

Sobre o apoio que recebeu de deputados da bancada do PV da Assembleia, Serra disse ter ficado grato. Ele destacou que os parlamentares daquele partido colaboraram na elaboração na Lei de Mudanças Climáticas do Estado. "Tem um significado importante para nós, eleitoral, mas também ideológico e psicológico, uma vez que nós estivemos identificados aqui em São Paulo com a defesa do meio ambiente", afirmou.

"É uma aliança em função do meio ambiente e da governabilidade." disse. O líder da bancada do PV na Assembleia, Edson Giriboni, ressaltou que a bancada está 100% com Serra. "Viemos aqui pessoalmente, em nome de todos os deputados da bancada verde, declarar o apoio efetivo a Serra em função de sua visão ambiental", afirmou.

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