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Sérgio Machado gravou também Renan Calheiros e José Sarney

Todas as fitas constam no acordo de delação premiada que o executivo negocia com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da Operação Lava Jato


	Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em São Paulo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 16h52.

São Paulo – Além de ter gravado diálogo com o atual ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado também registrou áudios de conversas privadas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e o ex-presidente da República, José Sarney (PMDB). A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Todas as fitas constam no acordo de delação premiada que o executivo negocia com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo o jornal, pessoas que tiveram acesso aos áudios dizem que as revelações de hoje em relação a Jucá são "nada" comparado ao que Renan e Sarney teriam dito.

As declarações de Machado comprometeriam, segundo o jornal, ainda outros dois senadores do PMDB: Jáder Barbalho e Edison Lobão. A delação de Machado já estaria esperando homologação do ministro do STF e relator do processo, Teori Zavascki.

ENTENDA

Em uma das primeiras entrevistas concedidas logo após a posse como presidente interino, Michel Temer fez questão de ressaltar que a Operação Lava Jato, que investiga um gigante esquema de corrupção envolvendo empresas estatais, será protegida e que os ministros que não “procederem corretamente” serão demitidos.

As duas promessas do peemedebista serão colocadas à prova nas próximas horas, depois que um diálogo entre o ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado foi divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo. Nele, Jucá sugere um “pacto” para “estancar a sangria” da Operação Lava Jato.

Ainda não se sabe como Temer irá enfrentar a primeira crise de seu governo. Ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente interino disse que tomará uma decisão entre hoje e amanhã (24). Nos bastidores, o governo estaria articulando nomes para substituir Jucá.

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