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Sensação de impunidade estimula briga no futebol, diz Rebelo

Ministro comentou morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, atingido por um vaso sanitário na sexta-feira após o jogo entre Santa Cruz e Paraná


	O ministro do Esporte, Alldo Rebelo: ele descartou risco de as brigas ocorrerem na Copa do Mundo porque a competição atrairá um tipo diferente de público
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro do Esporte, Alldo Rebelo: ele descartou risco de as brigas ocorrerem na Copa do Mundo porque a competição atrairá um tipo diferente de público (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 21h46.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que o sentimento de impunidade, que não se restringe ao futebol, estimula as brigas e as mortes de torcedores.

Ele comentou a morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, atingido por um vaso sanitário na sexta-feira (2) após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, no Estádio do Arruda, no Recife.

“Se o criminoso tem certeza que vai ser apanhado e punido vai pensar duas vezes em cometer o delito. Hoje, se lavra o boletim de ocorrência e os criminosos vão embora, muitas vezes, impunes. Ou a identificação acontece depois. Acho que o fim da impunidade já seria um bom começo para se banir este tipo de comportamento dos estádios e do futebol no Brasil”, declarou o ministro.

Aldo Rebelo citou as brigas entre torcedores do Vasco e do Corinthians, em agosto do ano passado em Brasília, e entre torcedores do Vasco e do Atlético Paranaense na Arena Joinville (SC), em dezembro de 2013.

Nos dois episódios, ressaltou o ministro, os baderneiros poderiam ter sido presos em flagrante, mas isso não aconteceu.

O ministro acrescentou que lamentavelmente a violência no futebol tem sido presente em todo o mundo e mencionou o esfaqueamento de torcedores em Milão, na Itália, e os atos de racismo que se repetem com frequência na Europa.

Ele disse que as torcidas violentas não representam o esporte brasileiro e descartou o risco de as brigas ocorrerem na Copa do Mundo porque a competição atrairá um tipo diferente de público.

“Quem tem de ter vergonha é quem pratica ou quem protege ou estimula esse tipo de ato. Acho que a Copa do Mundo não é propriamente o momento nem o ambiente em que isso acontece. É outro tipo de torcedor que frequenta os jogos da Copa do Mundo”, defendeu.

Aldo Rebelo visitou hoje (5) as instalações do Clube de Regatas do Flamengo, na Gávea, zona sul do Rio. O clube servirá de centro de treinamento da seleção da Holanda durante o Mundial.

“Creio que a Holanda vai receber aqui, no Flamengo, o que há de melhor em matéria de estrutura para o treinamento e para a sua aclimatação às condições do país para a Copa do Mundo”, disse.

De acordo com o ministro, o Flamengo foi selecionado como centro de treinamento porque tem o equipamento escolhido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) e pela Holanda. Segundo ele, a excelência dos centros de treinamento ajudará a trazer boas impressões sobre o país para as delegações e os jornalistas estrangeiros.

Para o ministro, o Brasil não deveria apenas vender jogadores, mas se especializar em oferecer serviços futebolísticos. Na visita, o ministro recebeu do presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, uma camisa do clube.

“O Flamengo tem este equipamento também porque é uma grande instituição do futebol mundial e brasileiro e se credencia também no futuro a fornecer e a vender serviços futebolísticos, que é uma das vocações do Brasil”, completou.

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