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Senado rejeita restrições a abono salarial; Câmara vota teto e vazam áudios de Mark Zuckerberg, do Facebook

Garimpo: Bolsonaro garantiu pessoalmente a um grupo de garimpeiros que, se houver amparo legal, vai enviar as Forças Armadas para atuar na região de Serra Pelada (Bruno Kelly/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 07h19.

Última atualização em 2 de outubro de 2019 às 07h30.

Paraguaio diz que suplente usou nome de Bolsonaro

O engenheiro Pedro Ferreira, ex-presidente da estatal de energia do Paraguai, disse à CPI criada para investigar a venda de energia de Itaipu, que o empresário Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), citou o nome da família Bolsonaro em uma reunião. A informação foi revelada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo Ferreira, a citação aconteceu numa reunião logo após Jair Bolsonaro ter visitado a fronteira com o Paraguai. A renovação do contrato da usina de Itaipu provocou uma crise política que quase derrubou o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez.

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Câmara conclui votação de teto de gastos

A Câmara concluiu no início da madrugada desta quarta-feira, 1, a votação do projeto que estabelece um teto de gastos e restringe o autofinanciamento para as campanhas de prefeitos e vereadores no próximo ano. A medida define como limite de gastos para os candidatos o mesmo valor determinado em 2016, só que corrigido pela inflação. Deputados aceitaram um pedido de modificação do PSL ao texto-base. Com o destaque, o limite para o autofinanciamento das campanhas será 10% do teto definido para o cargo ao qual candidato está concorrendo. Ou seja, se um candidato a vereador em uma cidade que seu limite de gastos seja R$ 100 mil, ele só poderá colocar do próprio bolso R$ 10 mil. O texto original definia um trava de 10% sobre o rendimento bruto do candidato no anterior ao da eleição.

Senado rejeita restrições a abono salarial

Em meio às pressões de senadores contra o governo por mais recursos aos Estados, o Senado impôs uma derrota à equipe econômica na madrugada desta quarta-feira, 2, e retirou todas as mudanças que seriam feitas nas regras do abono salarial. A alteração eliminou R$ 76,4 bilhões da economia esperada em dez anos com a reforma. A proposta aprovada na Câmara dos Deputados restringia o pagamento do benefício, no valor de um salário mínimo (R$ 998), a quem recebe até R$ 1.364,43 por mês. Com a derrota no Senado, ficam valendo as regras atuais, que garantem o repasse a quem ganha até dois salários mínimos. A votação em separado desse dispositivo foi solicitada pela bancada do Cidadania. O governo precisava garantir 49 votos favoráveis ao trecho, mas só teve 42 apoiadores. Pela derrubada da alteração, foram 30 senadores.

Reforma aprovada em primeiro turno

A Reforma da Previdência foi aprovada em primeiro turno no plenário do Senado Federal nesta terça-feira (01), por 56 votos a 19. Para ser aprovado, o texto precisava do apoio de pelo menos 49 (ou três quintos) dos 81 senadores. A expectativa do governo era de conseguir 56 votos favoráveis no primeiro teste da matéria no plenário. Antes de seguir para sanção presidencial e se tornar lei, o texto ainda precisa ser aprovado em segundo turno pela mesma margem após um intervalo de cinco sessões.

Tudo pelo garimpo

O presidente Jair Bolsonaro garantiu pessoalmente a um grupo de garimpeiros que, se houver amparo legal, vai enviar as Forças Armadas para atuar na região de Serra Pelada, no sul do Pará, e assegurar a exploração no local. Bolsonaro voltou a criticar interesses externos no Brasil e na região amazônica. O presidente afirmou que “o interesse na Amazônia não é no índio, nem na p**** da árvore, mas no minério”. Os representantes da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada estão desde a manhã desta terça-feira 1º em Brasília para tentar conversar com o presidente. Mais cedo, foram ao Palácio da Alvorada, mas não puderam entrar. Depois, no Planalto, foram atendidos pessoalmente por Bolsonaro, que conversou por cerca de dez minutos com os integrantes da cooperativa na entrada do Palácio. “Tenho que cumprir a lei. Digo para vocês, se tiver amparo legal, eu boto as Forças Armadas”, disse o presidente.

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70 anos de China: ‘nada pode nos abalar’

O presidente chinês Xi Jinping afirmou, nesta terça-feira 1º, que nada pode abalar o país, durante o discurso de abertura das celebrações do 70º aniversário da China comunista, em Pequim. “Nada pode fazer com que os pilares da nossa grande nação sejam abalados. Nada pode impedir que a nação e o povo chineses avancem”, declarou Xi Jinping na porta de Tiananmen, o mesmo local onde Mao Tsé-Tung proclamou a fundação da República Popular da China, em 1º de outubro de 1949. Em seguida, Xi passou em revista as tropas a bordo de um veículo conversível. Ao menos 15.000 soldados e centenas de tanques, mísseis e aviões de combate foram mobilizados para desfilar na Praça Tiananmen.

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Hong Kong: pode, sim

Em meio à celebração chinesa, manifestantes pró-democracia saíram às ruas nesta terça-feira em Hong Kong (madrugada pelo horário de Brasília). Após os violentos confrontos de domingo, autoridades estavam em alerta desde o início do dia para evitar que os manifestantes prejudicassem as comemorações, com revistas de pedestres e várias estações de metrô fechadas. Mais uma vez os ativistas denunciam a perda de liberdade no território chinês e a violação do princípio “um país, dois sistemas”, estabelecido no momento da devolução da ex-colônia britânica para a China, em 1997. Sem líderes identificados, os protestos são convocados pelas redes sociais.

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Ativista é baleado durante ato

Um manifestante que participava dos protestos em Hong Kong foi baleado no peito pela polícia local e está internado em estado grave. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o jovem identificado como Tsang Chi-kin está caído no chão, com sangue no peito, pedindo para ser levado ao hospital. Outras 51 pessoas ficaram feridas. Desde que uma onda de protestos começou virar rotina em Hong Kong, autoridades internacionais temem uma escalada de violência na região que é controlada pela China.

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Vazam áudios de Mark Zuckerberg, do Facebook

O site norte-americano The Verge teve acesso a áudios de uma reunião entre o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, e funcionários da companhia. Na gravação, o executivo fala sobre a tentativa de regulação de empresas de tecnologia por parte do governo dos Estados Unidos, uma pauta cara a candidata democrata Elizabeth Warren, quer quer dividir as grandes companhias do setor. “Se ela for eleita presidente, então eu aposto que nós teremos um desafio legal à frente, e eu aposto que nós venceremos o desafio legal. E isso ainda é ruim pra gente? Sim. Eu não quero entrar num processo jurídico enorme contra o nosso próprio governo”, disse o executivo. Zuckerberg diz que dividir as empresas não resolveria o problema de segurança e privacidade e citou o concorrente Twitter, dizendo que a empresa, por ser menor e ter menos verba, teria dificuldades de resolver problemas em sua plataforma. Em outros pontos, ele fala da criptomoeda do Facebook, a Libra, e menciona interfaces neurais de computação.

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