Senado proíbe corte de bolsas de estudo até 2021
Texto garante o pagamento das bolsas por um ano após o fim do estado de calamidade, hoje, válido até 31 de dezembro
Agência Brasil
Publicado em 2 de setembro de 2020 às 21h04.
Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 21h44.
O Senado aprovou hoje, 2, o Projeto de Lei (PL) nº 4.108/2020 que proíbe o corte de bolsas de estudo durante o período do estado de calamidade pública decretado no país devido à pandemia do novo coronavírus e até um ano após o fim de sua vigência, prevista para terminar em 31 de dezembro desde ano. O projeto segue para apreciação da Câmara dos Deputados.
De acordo com o texto, o governo federal não poderá interromper o pagamento de bolsas de estudo e bolsas de fomento à iniciação científica e à docência, especialização, residência médica, além de bolsas de mestrado e doutorado e bolsas de inclusão social, voltadas para minimizar efeitos das desigualdades sociais e étnicas.
De acordo com o relator do projeto, senador Álvaro Dias (Podemos-PR), as bolsas abordadas pelo projeto “são dirigidas a áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional, com inclusão social” e que, por isso, “é imperativo que o Estado assegure a manutenção da destinação dos recursos para a concessão de auxílios pecuniários, na forma de bolsas de estudo, aos segmentos indicados”.
Já segundo o autor do projeto, senador Jayme Campos (DEM-MT), o projeto se justifica, já que as bolsas tendem a ser “indissociáveis da própria sobrevivência dos estudantes, notadamente daqueles economicamente hipossuficientes, oriundos das camadas socialmente menos aquinhoadas”.