Manifestação em frente ao Banco Central, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
Alessandra Azevedo
Publicado em 27 de janeiro de 2022 às 06h00.
Última atualização em 27 de janeiro de 2022 às 08h36.
Servidores públicos federais voltam a paralisar os trabalhos nesta quinta-feira, 27, como forma de pressionar o governo a discutir reajustes salariais. O ato será virtual, diferente do ocorrido na semana passada, quando houve manifestações em frente às sedes do Banco Central e do Ministério da Economia, em Brasília.
Também nesta quinta-feira, haverá uma plenária nacional virtual a partir das 10h, para que os funcionários públicos discutam os próximos passos da mobilização. O evento contará com a presença de especialistas que devem detalhar a situação orçamentária e a necessidade de reposição salarial.
Uma nova paralisação, com atos presenciais em Brasília, está marcada para o dia 2 de fevereiro. A manifestação acontecerá na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na semana da volta do recesso do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Legislativo. Se as negociações com o governo não avançarem até março, os servidores podem iniciar uma greve geral.
O movimento começou em dezembro do ano passado, após a aprovação do Orçamento com previsão de reajuste apenas para servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) defende uma reposição de 19,9% nos salários, referente às perdas acumuladas desde o início do governo Bolsonaro, correspondente ao período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021.
O Fonasefe é representante de categorias da base do serviço público, que, em muitos casos, recebem salários menores do que as representadas pelo Fonacate. Além do Fonasefe, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), que representa a elite do funcionalismo público, organiza as manifestações.