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Seguradoras irão pagar, no mínimo, R$ 1,6 bilhão em indenizações no Rio Grande do Sul

Confederação Nacional de Seguros diz que esse é o maior valor da história no Brasil a ser pago para um único evento relacionado a desastres naturais. Na pandemia, foram liberados R$ 7,5 bilhões

Enchentes no RS: número foi calculado com base nos sinistros já acionados (Nelson ALMEIDA/AFP)

Enchentes no RS: número foi calculado com base nos sinistros já acionados (Nelson ALMEIDA/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 24 de maio de 2024 às 18h15.

Última atualização em 24 de maio de 2024 às 18h21.

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As seguradoras devem desembolsar, no mínimo, R$ 1,673 bilhão em indenizações ao Rio Grande do Sul, após as enchentes, segundo a Confederação Nacional de Seguros (CNSeg).

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O número foi calculado com base nos sinistros já acionados, mas a expectativa é de que a indenização seja ainda maior, porque a maior parte das pessoas ainda não entrou em contato com as seguradoras, disse o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira.

"Certamente, essa será a maior indenização do setor de seguros no Brasil decorrente de um único evento, do ponto de vista de eventos da natureza", afirmou o presidente. Para ter uma ideia, durante a pandemia, foram desembolsados cerca de R$ 7,5 bilhões no setor de seguros.

Os seguros residencial e habitacional foram os mais acionados, totalizando 11.396 sinistros e R$ 239,18 milhões em indenizações. Em seguida, os seguros para automóvel somaram 8.216 acionamentos e R$ 557,4 milhões.

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Veja os valores por categoria

  • Automóveis: 8.216 | R$ 557.429.463,64
  • Residencial + Habitacional: 11.396 | R$ 239.189.519,54
  • Agrícola: 993 | R$ 47.294.125,95
  • Grandes riscos: | R$ 386 507.002.600,78
  • Outros (como Empresarial, Transportes e Vida): 2.450 | R$ 322.136.532,56

Grandes riscos são seguros corporativos que incluem empreendimentos de infraestrutura, como um complexo industrial ou uma unidade fabril, e ultrapassam o valor de R$ 15 milhões. Abaixo disso, o seguro se enquadra como empresarial.

Impacto nos próximos contratos

Para Oliveira, a tragédia no Rio Grande do Sul não irá afetar a liquidez de caixa das seguradoras nem terá impacto sobre os preços de contratos seguros futuramente:

"As seguradoras possuem recursos para lidar com isso, e um evento como esse não se espera que será repetido no futuro, é completamente extraordinário, então não imagino que vá impactar as políticas das empresas ou o custo dos seguros, porque todo o sistema de regulação e reservas é feito para lidar com esse tipo de situação", ele disse, embora reconheça que eventos climáticos tendem a se tornar cada vez mais frequentes.

Na avaliação dele, os seguros de grandes riscos e de automóveis tendem a ser os mais impactados em termos de volume de indenizações.

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