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Sede do DOI-CODI em São Paulo será memorial

A partir de agora, nenhuma modificação pode ser feita nos edifícios sem autorização do conselho

Vladimir Herzog: na sede paulista do DOI-Codi morreram, entre outras vítimas de perseguições políticas, o estudante Alexandre Vannuchi Leme e o jornalista Vladimir Herzog (Divulgação/Instituto Vladimir Herzog/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 14h43.

São Paulo - Um dos lugares mais emblemáticos do período da ditadura militar, a sede paulista do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) deve ser transformado num centro cultural, dedicado à memória daqueles anos.

Um passo decisivo nessa direção foi dado ontem pela manhã, na primeira reunião do ano do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).

Por unanimidade, os conselheiros decidiram tombar o conjunto de três edifícios que, segundo narrativas de ex-presos políticos e familiares de mortos, no fim da década de 1960 e início dos anos 70 abrigou um dos mais ativos centros de tortura do país.

Lá morreram, entre outras vítimas de perseguições políticas, o estudante Alexandre Vannuchi Leme, em 1973, e o jornalista Vladimir Herzog, dois anos depois.

A partir de agora, nenhuma modificação pode ser feita nos edifícios sem autorização do conselho. Numa próxima etapa, a Secretaria de Cultura do Estado deve apresentar um projeto de memorial da ditadura.

Quando isso ocorrer, o governo do Estado, que é dono do lugar, deverá providenciar uma outra sede para o 36º Distrito Policial, que hoje funciona ali, na Rua Tutoia, 121, Paraíso, zona sul da capital.

O pedido de tombamento foi apresentado ao Condephaat pelo ex-preso político Ivan Seixas, em 2012. No ano passado, a solicitação ganhou o apoio da Comissão Nacional da Verdade.

O secretário de Cultura do Estado, Marcelo Araujo, acompanhou a reunião de ontem e, na saída, disse que a decisão do conselho faz parte da "consolidação da democracia em nosso país." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um passo decisivo nessa direção foi dado ontem pela manhã, na primeira reunião do ano do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).

Por unanimidade, os conselheiros decidiram tombar o conjunto de três edifícios que, segundo narrativas de ex-presos políticos e familiares de mortos, no fim da década de 1960 e início dos anos 70 abrigou um dos mais ativos centros de tortura do país.

Lá morreram, entre outras vítimas de perseguições políticas, o estudante Alexandre Vannuchi Leme, em 1973, e o jornalista Vladimir Herzog, dois anos depois.

A partir de agora, nenhuma modificação pode ser feita nos edifícios sem autorização do conselho. Numa próxima etapa, a Secretaria de Cultura do Estado deve apresentar um projeto de memorial da ditadura.

Quando isso ocorrer, o governo do Estado, que é dono do lugar, deverá providenciar uma outra sede para o 36º Distrito Policial, que hoje funciona ali, na Rua Tutoia, 121, Paraíso, zona sul da capital.

O pedido de tombamento foi apresentado ao Condephaat pelo ex-preso político Ivan Seixas, em 2012. No ano passado, a solicitação ganhou o apoio da Comissão Nacional da Verdade.

O secretário de Cultura do Estado, Marcelo Araujo, acompanhou a reunião de ontem e, na saída, disse que a decisão do conselho faz parte da "consolidação da democracia em nosso país." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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