Secretário defende incentivos para construção de estádio em São Paulo
São Paulo – O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra, foi hoje (24) à Câmara dos Vereadores da cidade em busca de apoio para a construção de um novo estádio paulistano para a Copa do Mundo de 2014. Cintra participou de uma audiência pública e defendeu a aprovação de […]
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2011 às 18h53.
São Paulo – O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra, foi hoje (24) à Câmara dos Vereadores da cidade em busca de apoio para a construção de um novo estádio paulistano para a Copa do Mundo de 2014. Cintra participou de uma audiência pública e defendeu a aprovação de um projeto de lei que concede incentivos de R$ 420 milhões para as obras da nova arena do Corinthians, na região leste da capital paulista.
Segundo o secretário, apesar do estádio ser privado, ele irá contribuir com o desenvolvimento econômico da cidade e, portanto, merece ter sua construção incentivada. Por isso, a prefeitura de São Paulo enviou à Câmara uma proposta para que as instituições responsáveis pela obra deixem de recolher R$ 420 milhões em impostos caso o estádio receba o jogo de abertura do Mundial.
“Muito mais que uma questão futebolística, [a construção do estádio] é uma questão que vem perdurando há muito tempo: a do desenvolvimento da região leste”, afirmou Cintra, durante discurso na audiência pública na Câmara Municipal.
A região leste de São Paulo concentra 37% da população da cidade. Lá, entretanto, as oportunidades de trabalho são escassas. Isso faz com que cerca de 2 milhões de pessoas que moram na área se desloquem diariamente para trabalhar em outros locais da capital.
A prefeitura tem, desde 2004, projetos para criar postos de trabalho na região leste. Segundo o secretário, a construção do estádio e a abertura da Copa do Mundo seriam uma chance de acelerar esses projetos municipais. “Um dos vetores fundamentais deste projeto de desenvolvimento da região leste é a abertura da Copa do Mundo”, disse.
Só a construção do estádio, afirmou o secretário, deve gerar 6 mil empregos diretos. A manutenção dele, depois de pronto, deve criar mais 1,5 mil postos de trabalho permanentes na região.
O incentivo público à obra, porém, é motivo de polêmica entre os vereadores e a população. O servidor público Rafael Rodrigues, que participou da audiência pública na Câmara esta tarde, ratificou que a região leste precisa de investimentos. Para ele, contudo, a construção do estádio não deve ser priorizada pela prefeitura.
“Existem coisas muito mais essenciais”, afirmou Rodrigues, uma das 28 pessoas que discursaram nas mais de quatro horas de audiência pública. “Não quero um estádio. Quero é não ficar nove horas esperando na fila para ser atendido em um hospital.”
O vereador Adilson Amadeu (PTB) também falou do projeto de lei na audiência. Ele disse que a proposta é “nebulosa”. Por isso, adiantou que pedirá vista do projeto esta semana, o que deve atrasar a tramitação da matéria.
Após a audiência, Cintra disse que o projeto é transparente. Para o secretário, os incentivos são claros e serão compensados pelo crescimento da arredação consequente dos efeitos econômicos trazidos pela Copa do Mundo e operação normal do estádio. Em nove anos, seriam pelo menos R$ 600 milhões de impostos recolhidos, R$ 200 milhões a mais do que os incentivos previstos pela prefeitura.
Cintra ainda pediu pressa na análise da proposta. Ele afirmou que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) definiu como 10 de julho o prazo máximo para que o Corinthians apresente as garantias financeiras que comprovem que o clube poderá receber a abertura do Copa em seu futuro estádio. Sem os incentivos, disse o secretário, essas garantias não serão apresentadas e o primeiro jogo do Mundial será realizado fora da capital paulista.
São Paulo – O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra, foi hoje (24) à Câmara dos Vereadores da cidade em busca de apoio para a construção de um novo estádio paulistano para a Copa do Mundo de 2014. Cintra participou de uma audiência pública e defendeu a aprovação de um projeto de lei que concede incentivos de R$ 420 milhões para as obras da nova arena do Corinthians, na região leste da capital paulista.
Segundo o secretário, apesar do estádio ser privado, ele irá contribuir com o desenvolvimento econômico da cidade e, portanto, merece ter sua construção incentivada. Por isso, a prefeitura de São Paulo enviou à Câmara uma proposta para que as instituições responsáveis pela obra deixem de recolher R$ 420 milhões em impostos caso o estádio receba o jogo de abertura do Mundial.
“Muito mais que uma questão futebolística, [a construção do estádio] é uma questão que vem perdurando há muito tempo: a do desenvolvimento da região leste”, afirmou Cintra, durante discurso na audiência pública na Câmara Municipal.
A região leste de São Paulo concentra 37% da população da cidade. Lá, entretanto, as oportunidades de trabalho são escassas. Isso faz com que cerca de 2 milhões de pessoas que moram na área se desloquem diariamente para trabalhar em outros locais da capital.
A prefeitura tem, desde 2004, projetos para criar postos de trabalho na região leste. Segundo o secretário, a construção do estádio e a abertura da Copa do Mundo seriam uma chance de acelerar esses projetos municipais. “Um dos vetores fundamentais deste projeto de desenvolvimento da região leste é a abertura da Copa do Mundo”, disse.
Só a construção do estádio, afirmou o secretário, deve gerar 6 mil empregos diretos. A manutenção dele, depois de pronto, deve criar mais 1,5 mil postos de trabalho permanentes na região.
O incentivo público à obra, porém, é motivo de polêmica entre os vereadores e a população. O servidor público Rafael Rodrigues, que participou da audiência pública na Câmara esta tarde, ratificou que a região leste precisa de investimentos. Para ele, contudo, a construção do estádio não deve ser priorizada pela prefeitura.
“Existem coisas muito mais essenciais”, afirmou Rodrigues, uma das 28 pessoas que discursaram nas mais de quatro horas de audiência pública. “Não quero um estádio. Quero é não ficar nove horas esperando na fila para ser atendido em um hospital.”
O vereador Adilson Amadeu (PTB) também falou do projeto de lei na audiência. Ele disse que a proposta é “nebulosa”. Por isso, adiantou que pedirá vista do projeto esta semana, o que deve atrasar a tramitação da matéria.
Após a audiência, Cintra disse que o projeto é transparente. Para o secretário, os incentivos são claros e serão compensados pelo crescimento da arredação consequente dos efeitos econômicos trazidos pela Copa do Mundo e operação normal do estádio. Em nove anos, seriam pelo menos R$ 600 milhões de impostos recolhidos, R$ 200 milhões a mais do que os incentivos previstos pela prefeitura.
Cintra ainda pediu pressa na análise da proposta. Ele afirmou que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) definiu como 10 de julho o prazo máximo para que o Corinthians apresente as garantias financeiras que comprovem que o clube poderá receber a abertura do Copa em seu futuro estádio. Sem os incentivos, disse o secretário, essas garantias não serão apresentadas e o primeiro jogo do Mundial será realizado fora da capital paulista.