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Seca no Paraíba é pior que no Cantareira, diz secretário

Secretário repetiu declarações do governador Geraldo Alckmin de que, ao reduzir a vazão do Rio Jaguari, cumpre legislação da Agência Nacional de Águas (ANA)


	Rio Paraíba do Sul: seca na região atendida pelo rio é pior que a registrada no Cantareira, diz secretário
 (OS2Warp/Wikimedia Commons)

Rio Paraíba do Sul: seca na região atendida pelo rio é pior que a registrada no Cantareira, diz secretário (OS2Warp/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 17h10.

São Paulo - O secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce, afirmou na manhã desta quarta-feira, 13, que a seca na região atendida pelo Rio Paraíba do Sul é pior que a registrada no Sistema Cantareira.

"Não se assemelha. Eu acho que ela é mais grave do ponto de vista do abastecimento", disse Arce, em entrevista à Rádio Estadão. Segundo o secretário, a "água do Paraíba está acabando".

"Aqui em São Paulo, na parte paulista do Vale do Paraíba, de Jacareí a Queluz, incluindo aí Taubaté e São José dos Campos, nós consumimos em torno de 7 metros cúbicos de água por segundo; já o Rio de Janeiro (consome) 55 metros cúbicos", comparou Arce.

O secretário repetiu as declarações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de que, ao reduzir a vazão do Rio Jaguari, cumpre legislação da Agência Nacional de Águas (ANA) que determina que o abastecimento prioritário é para a população.

"O que nós estamos defendendo é usar a legislação, que é muito clara quanto a isso. A água é prioritária para atendimento das necessidades do consumo humano, que é cozinhar, tomar banho, tomar água, além de matar a sede dos animais", afirmou.

"Fora isso, o resto é detalhe, que não deve ser atendido numa situação como a que estamos vivendo atualmente."

Arce afirmou ainda que o abastecimento de energia elétrica no Rio de Janeiro não é prejudicado pela menor vazão do Jaguari.

"Para chegar água ao Guandu, ela passa obrigatoriamente pelas usinas da Light. Evidentemente, se passa 100 metros cúbicos por segundo, gera mais energia do que se passasse só os 45 que precisa. Mas não faltaria energia elétrica no Rio porque o sistema é interligado", disse.

"Só para lembrar: no Rio há duas usinas nucleares, tem termoelétrica. Não há um problema de energia, é um problema de escassez de água para o atendimento da população."

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