Brasil

Seca muda a cor do Rio Pinheiros na cidade de São Paulo

Leito do rio está verde devido à presença de algas, que se alimentam de esgoto

A Cetesb alerta ainda para a baixa qualidade do ar (Reprodução/YouTube)

A Cetesb alerta ainda para a baixa qualidade do ar (Reprodução/YouTube)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 16h06.

Última atualização em 9 de setembro de 2024 às 16h14.

Tudo sobreEstado de São Paulo
Saiba mais

A seca mudou a cor do Rio Pinheiros, que corta parte da cidade de São Paulo. O rio amanheceu verde nesta segunda-feira. Segundo a Cetesb, agência ambiental do governo do estado, a seca e a forte estiagem reduziram significativamente a água que chega ao Rio Pinheiros vinda de afluentes. Com alta carga de esgoto, que servem de nutrientes para micro-organismos, as algas proliferam e dão a coloração verde na calha principal do rio.

Qualidade do ar varia de ruim a pior

A Cetesb alerta ainda para a baixa qualidade do ar. Das 22 estações da Grande São Paulo, 20 apresentavam qualidade ruim (11) ou muito ruim (nove) na medição de meio-dia. Em apenas duas, em Santo André e Diadema, a qualidade do ar era "moderada".

Além da poluição normal da cidade, causada pela emissão de veículos, por exemplo, o ar piorou devido à dificuldade de dispersão de poluentes. A chegada ao Sudeste da fumaça de queimadas que assolam o país também contribuiu para piorar a qualidade do ar e deixar o céu encoberto por uma névoa cinza.

Neste domingo, segundo monitoramento da IQAir, empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP), em ordem, foram as três cidades com maiores níveis de poluição no mundo.

Menos de 50% da capacidade

A quantidade de água nos reservatórios da Sabesp, que abastecem a Grande São Paulo, despencou desde o início do outono, que marca o início do período mais seco na região (outono e inverno)

Três dos sete reservatórios estão com menos da metade de sua capacidade. A represa de Guarapiranga, na zona sul da capital, estava com 87,9% de sua capacidade no primeiro dia do outono (20 de março passado) e hoje está com apenas 41,5%. O resertório de Cotia, na Grande São Paulo, está com 45,1%, ante 90,5% no começo do outono.

O reservatório do Sistema Rio Claro, localizado nos municípios de Biritiba Mirim e Salesópolis, a 70 km da cidade de São Paulo, começou o outono com 42% de sua capacidade e agora está com apenas 27,1%.

O Cantareira, que fica na zona norte da cidade de São Paulo, estava com 76,6% de sua capacidade e agora está com 55,7%. Depois da grande seca de 2014, a Sabesp concluiu o reservatório São Lourenço, que reforçou o abastecimento na Grande São Paulo. Ele começou o outono cheio, com 99,5%, e agora está com 55%.

Na média, os reservatórios da Sabesp, somados, estão com 53,5% da capacidade — no começo do outono, estava em 78,9%.

Acompanhe tudo sobre:sao-pauloSabespMudanças climáticas

Mais de Brasil

China desafia domínio da Starkink com planos de serviço de internet via satélite no Brasil

Governo divulga novo cronograma do CNU; veja datas atualizadas

Mauro Cid presta depoimento ao STF após operação e pedido de suspensão de delação

Com depoimento marcado para hoje, defesa de Cid diz que ele 'vai esclarecer o que a PF pretende'