Saúde passa a exigir dados de ocupação de UTIs para monitorar sobrecarga
As informações são necessárias para que o ministério saiba para quais regiões do país deve emitir alertas sobre riscos de colapso na rede de atendimento
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de abril de 2020 às 19h15.
Última atualização em 14 de abril de 2020 às 19h16.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde , João Gabbardo dos Reis, afirmou nesta terça-feira, 14, que a pasta passou a exigir que hospitais públicos e privados submetam frequentemente dados atualizados sobre a ocupação dos leitos de UTI , mesmo aqueles que não estão reservados para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
As informações são necessárias para que o ministério saiba para quais regiões do País deve emitir alertas sobre riscos de colapso na rede de atendimento.
"A gente passa a ter informação mais precisa sobre disponibilidade dos leitos e em quais hospitais vamos perceber que precisamos emitir algum aviso de alerta para essa questão de que estamos já chegando ao limite do atendimento. É super importante isso", afirmou o secretário.
O chefe do ministério, Luiz Henrique Mandetta, destacou que as medidas de contenção do avanço do vírus levam 14 dias para fazer efeito. Por isso, pediu para que a população não considere que "está tudo encerrado".
"Então, é bom ficar muito atento porque às vezes a pessoa pode ver e achar que está tudo encerrado", disse Mandetta. No domingo em encontro com líderes religiosos, o presidente Jair Bolsonaro disse que "está começando a ir embora essa questão do vírus".
Das 25.262 pessoas infectadas pelo novo coronavírus no País, 1.532 morreram, segundo dados atualizados até esta terça-feira. Outros 9.704 pacientes estão internados ou aguardando resultado de exames. O total de recuperados chega a 14.026, o que representa 55% dos que testaram positivo.
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