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Saúde deve ser a área prioritária do governo, diz CFM

43% dos entrevistados apontaram a saúde como o tema que merece maior preocupação, seguido por educação, com 27%, e combate à corrupção, com 10%


	Pesquisa da CFM: 43% dos entrevistados apontaram a saúde como o tema que merece maior preocupação, seguido por educação, com 27%, e combate à corrupção, com 10%
 (Think Stock/Getty Images)

Pesquisa da CFM: 43% dos entrevistados apontaram a saúde como o tema que merece maior preocupação, seguido por educação, com 27%, e combate à corrupção, com 10% (Think Stock/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 14h45.

Brasília - Os brasileiros consideram a saúde como a área que o governo deve dar prioridade, aponta pesquisa realizada em todo o país, encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

No trabalho, 43% dos entrevistados apontaram a saúde como o tema que merece maior preocupação, seguido por educação, com 27%, e combate à corrupção, com 10%.

Embora os números sejam significativos, houve uma queda em relação à pesquisa semelhante, realizada ano passado. Em 2014, 57% avaliaram que a saúde era a área que carecia de maior atenção.

"Acreditamos que a redução não esteja ligada à melhora nas condições de atendimento e infraestrutura de saúde, mas, sim, a problemas que se tornaram mais agudos nas outras área, ligados por exemplo ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e à corrupção", avaliou o presidente do CFM, Carlos Vital.

Uma das principais dificuldades enfrentadas por usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) é o tempo de espera para receber atendimento.

A pesquisa revela que um quarto dos entrevistados aguardava mais de 12 meses para serem atendidos. Do total de ouvidos, 16% disseram esperar entre 6 e 12 meses e 39%, de um a seis meses.

Quanto maior a complexidade do procedimento, maior a dificuldade para o acesso. Para fazer cirurgias, por exemplo, 44% disseram aguardar mais de 12 meses. "É um tempo inadmissível", disse Vital.

Não é por acaso que a maior crítica feita ao SUS é a espera (36%), seguida por falta de médicos (19%), falta de estrutura dos hospitais (15%) e falta de organização (9%). Do total de usuários do SUS, 54% atribuíram nota de 0 a 6 ao atendimento.

De forma geral, a população considera difícil o acesso ao SUS. O equivalente a 63% dos entrevistados, por exemplo, classificou como difícil e muito difícil o acesso a cirurgias e 59%, o acesso a consultas com médicos.

Aqueles que conseguem ultrapassar a barreira do acesso, no entanto, dizem estar satisfeitos com o serviço. Entre os que fizeram cirurgias no SUS, por exemplo, 55% consideraram o atendimento bom ou excelente.

O levantamento indica que a nota dada pelo brasileiro ao SUS é maior do que a dada para o sistema de saúde de forma geral (incluindo aí a assistência suplementar e particular).

A pesquisa revela que 12% dos entrevistados concederam nota máxima ao SUS, bem acima dos 6% que consideraram ótimo e excelente o sistema de saúde de forma geral.

Do total de entrevistados, 86% buscaram o SUS nos últimos dois anos e 83% usaram no período algum serviço ofertado pelo sistema. A maior fatia foi de atendimento em postos de saúde (69%) e consultas (67%).

A pesquisa encomendada pelo CFM foi feita pelo Instituto DataFolha em todo o país. Foram entrevistados para o trabalho 2.069 pessoas com 16 anos ou mais, entre 10 e 12 de agosto.

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