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Santa Catarina recorre ao STF para questionar dívida

O governador Raimundo Colombo (PSD-SC) pela primeira vez enfrenta o governo federal, embora creia que não haverá atrito mais severo

Raimundo Colombo: o Estado é pioneiro na tese de que a Selic capitalizada é inconstitucional (James Tavares/ Governo de Santa Catarina/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2016 às 15h15.

Florianópolis - Santa Catarina entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal ( STF ) para convencer os 11 ministros que o mandado de segurança é a via adequada para questionar a dívida pública com a União.

O Estado é pioneiro na tese de que a Selic capitalizada é inconstitucional. Na prática, a antiga dívida de Santa Catarina com o governo federal, calculada em torno de R$ 9 bilhões, é paga em parcelas mensais milionárias e, em vez de diminuir, aumenta, pois são cobrados juros sobre juros.

O governador Raimundo Colombo (PSD-SC) pela primeira vez enfrenta o governo federal, embora creia que não haverá atrito mais severo na parceria política com a presidente Dilma Rousseff.

"Não acredito em retaliação, acho que temos uma boa relação. Porém, o alongamento da dívida prejudica a sociedade, desequilibra as contas e diminui nossa capacidade de investimento", disse o governador.

Entretanto, se a tese catarinense obtiver êxito a União poderá perder R$ 300 bilhões, caso os outros Estados sigam o mesmo exemplo.

Enquanto o STF julga o mérito da ação, o Estado depositará as parcelas mensais, de R$ 89 milhões, em uma conta própria aberta no Banco do Brasil.

A decisão de depositar em conta administrativa e não pagar as parcelas se deve a três fatos. O Estado recorreu à Secretaria do Tesouro Nacional solicitando informações sobre o recálculo e não obteve resposta.

Houve divergência entre os cálculos na aplicação das taxas da Selic e a parcela cobrada este mês veio sem o desconto reconhecido pela própria União.

"Se o Estado pagar o que está sendo cobrado estará dando R$ 13 milhões a mais do que a própria União está disposta a descontar, mesmo com uso do critério de juros sobre juros", disse o Procurador Geral do Estado, João dos Passos.

Segundo o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, o governo federal poderá cobrar de maneira compulsória. Basta bloquear a conta e pegar o valor da parcela.

"Corremos esse risco, mas nosso interesse é forçar uma manifestação do STF e um diálogo com a presidente", disse.

Rousseff convocou Colombo para uma reunião na sexta-feira, 4, em Brasília. Nesta tarde, o governador reúne todos os deputados catarinenses na Casa da Agronômica, em Florianópolis, para explicar sua decisão.

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O Estado é pioneiro na tese de que a Selic capitalizada é inconstitucional. Na prática, a antiga dívida de Santa Catarina com o governo federal, calculada em torno de R$ 9 bilhões, é paga em parcelas mensais milionárias e, em vez de diminuir, aumenta, pois são cobrados juros sobre juros.

O governador Raimundo Colombo (PSD-SC) pela primeira vez enfrenta o governo federal, embora creia que não haverá atrito mais severo na parceria política com a presidente Dilma Rousseff.

"Não acredito em retaliação, acho que temos uma boa relação. Porém, o alongamento da dívida prejudica a sociedade, desequilibra as contas e diminui nossa capacidade de investimento", disse o governador.

Entretanto, se a tese catarinense obtiver êxito a União poderá perder R$ 300 bilhões, caso os outros Estados sigam o mesmo exemplo.

Enquanto o STF julga o mérito da ação, o Estado depositará as parcelas mensais, de R$ 89 milhões, em uma conta própria aberta no Banco do Brasil.

A decisão de depositar em conta administrativa e não pagar as parcelas se deve a três fatos. O Estado recorreu à Secretaria do Tesouro Nacional solicitando informações sobre o recálculo e não obteve resposta.

Houve divergência entre os cálculos na aplicação das taxas da Selic e a parcela cobrada este mês veio sem o desconto reconhecido pela própria União.

"Se o Estado pagar o que está sendo cobrado estará dando R$ 13 milhões a mais do que a própria União está disposta a descontar, mesmo com uso do critério de juros sobre juros", disse o Procurador Geral do Estado, João dos Passos.

Segundo o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, o governo federal poderá cobrar de maneira compulsória. Basta bloquear a conta e pegar o valor da parcela.

"Corremos esse risco, mas nosso interesse é forçar uma manifestação do STF e um diálogo com a presidente", disse.

Rousseff convocou Colombo para uma reunião na sexta-feira, 4, em Brasília. Nesta tarde, o governador reúne todos os deputados catarinenses na Casa da Agronômica, em Florianópolis, para explicar sua decisão.

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