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Samarco quer voltar a operar em Mariana

"O segundo seria um pedido para suspensão do embargo da mineradora feito pelo Estado depois da queda da barragem", afirma Abreu


	Desastre em Mariana (MG): a solicitação é o primeiro passo para que a Samarco volte com as atividades de mineração na região
 (Ricardo Moraes/REUTERS)

Desastre em Mariana (MG): a solicitação é o primeiro passo para que a Samarco volte com as atividades de mineração na região (Ricardo Moraes/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 15h51.

Belo Horizonte - A Samarco se prepara para voltar a operar em Mariana. Menos de quatro meses depois do rompimento da barragem da empresa no município de Minas Gerais, na tragédia que matou 17 pessoas e deixou duas desaparecidas, a mineradora entrou com pedido na Secretaria de Estado de Meio Ambiente para utilizar duas cavas como depósito de rejeitos de minério de ferro.

Conforme o responsável pela área de licenciamento da pasta, Geraldo Abreu, a solicitação é o primeiro passo para que a Samarco volte com as atividades de mineração na região.

"O segundo seria um pedido para suspensão do embargo da mineradora feito pelo Estado depois da queda da barragem", afirma Abreu.

Não há prazo para a resposta da secretaria ao pedido de uso das cavas. Com a chegada da solicitação, feita nesta quinta-feira, 25, o governo emitiu um formulário no qual a mineradora precisa responder questões técnicas sobre a utilização das cavas.

Em seguida é necessária a apresentação de estudos. "Todos os procedimentos devem demorar pelo menos um ano", diz Abreu.

As cavas são buracos que se formam depois que determinado ponto da mina se exaure. No pedido enviado à secretaria, a Samarco solicita a utilização de uma cava do Complexo de Germano e outra no Complexo Alegria, cuja exploração é compartilhada com a Vale, conforme informações do responsável pelo setor de licenciamento da secretaria.

Segundo Abreu, no entanto, a utilização das cavas teria duração máxima de dois anos.

A operação seria mais segura do que o uso de barragens como a que rompeu em Mariana, por não haver riscos de vazamentos, conforme o representante da secretaria.

A Samarco ainda não se posicionou sobre o pedido de utilização das cavas.

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