Salles fala em notícia falsa e sensacionalismo sobre nuvem que encobriu SP
Institutos de meteorologia confirmaram que nuvem foi formada por encontro de fumaça de queimadas com frente fria que atingiu Sudeste brasileiro
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de agosto de 2019 às 17h08.
Última atualização em 20 de agosto de 2019 às 17h09.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , comparou nesta terça-feira, 20, a nuvem escura que encobriu regiões de São Paulo na segunda-feira, 19, e transformou o dia em noite, a notícias falsas e criticou o "sensacionalismo ambiental" sobre o tema. Segundo institutos de meteorologia, a nuvem foi formada pelo encontro da fumaça oriunda de queimadas da região Amazônica do Brasil, Paraguai e Bolívia com uma frente fria que atingiu o Sudeste brasileiro.
"Alguns disseram que foi a fumaça da Amazônia que encobriu a cidade. Essa afirmação parece até um vídeo que vi, um mês atrás, de um helicóptero do Ibama sendo recebido a tiros e, meia hora depois, mostrou que foi um menino que fez montagem", disse o ministro.
"Igualmente, (parece) o triste falecimento de uma liderança indígena, que alguns órgãos de imprensa se apressaram em dizer que foram garimpeiros que invadiram a reserva e saíram matando. Depois, descobriu que o índio tinha bebido uma cachacinha e caiu no rio, afogado", completou Salles, se referindo à morte do cacique Emyra Waiãpi, em meados de julho, no Amapá.
Em pronunciamento na abertura da 27ª Feira Internacional da Bioenergia (Fenasucro), em Sertãozinho (SP), o ministro afirmou que esse "sensacionalismo na área ambiental não contribui para as melhores práticas e para a defesa efetiva das questões importantes do nosso País".
Indagado após o evento se o ocorrido na segunda-feira seria uma notícia falsa, Salles afirmou que as equipes do governo para a Região Norte estão em operação e que o fenômeno decorre de um ambiente muito seco e de queimadas. "É preciso ter equilíbrio e não ser açodado em assumir certas hipóteses que não se confirmam. Hipóteses foram levantadas prontamente para criar um certo sensacionalismo e não se confirmaram", comentou.