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Russomanno é criticado por cancelamento de debate

Em meio à troca de acusações, Serra e o candidato do PT, Fernando Haddad aproveitaram para criticar a postura de Russomanno


	Candidato Celso Russomanno: a nota da campanha tucana lembra que Russomanno não compareceu ao debate promovido pela Igreja Católica
 (Reprodução/Facebook)

Candidato Celso Russomanno: a nota da campanha tucana lembra que Russomanno não compareceu ao debate promovido pela Igreja Católica (Reprodução/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 20h15.

São Paulo - O cancelamento do debate que seria promovido pela TV Record no dia 1º de outubro gerou um embate entre a emissora e a campanha do tucano José Serra à Prefeitura de São Paulo. Nesta manhã, a emissora enviou uma nota afirmando que a suspensão do evento se devia à ausência de Serra e de Celso Russomanno (PRB) no evento. Segundo a TV Record, a assessoria de Serra não respondeu aos convites para negociação das regras do debate. Já Russomanno não compareceria porque seu filho deve nascer na mesma data. Em meio à troca de acusações, Serra e o candidato do PT, Fernando Haddad aproveitaram para criticar a postura de Russomanno, líder nas pesquisas de intenção de voto.

Horas após a divulgação do comunicado da TV Record, a assessoria do tucano rebateu as informações da emissora. "Em momento algum a campanha se recusou a participar do programa. O lamentável cancelamento foi uma decisão exclusiva da Record, e assim deve ser assumido", diz a nota da campanha de Serra. Ainda de acordo com a nota tucana, Serra "esteve presente a todos os debates promovidos nesta eleição, assim como os demais concorrentes"."A exceção foi o candidato Celso Russomanno, do PRB, partido que é notoriamente ligado à Rede Record e à Igreja Universal", emenda o texto divulgado nesta tarde.

A nota da campanha tucana lembra que Russomanno não compareceu ao debate promovido pela Igreja Católica e não participou do debate que seria promovido pelo portal de notícias UOL em conjunto com o jornal "Folha de S.Paulo". "A decisão de Russomanno de faltar aos debates e a decisão da Rede Record de não mais realizar o programa previsto para o dia 1º de outubro não podem ser imputadas a qualquer outra candidatura. Muito menos a Serra, que, vale reiterar, sempre compareceu a todos os debates, nesta e em eleições anteriores", acrescenta a campanha de Serra. "A Record e Russomanno devem assumir a decisão de cancelamento sem tentar jogá-la nas costas de terceiros", completa.


A reação da coordenação de campanha de Serra gerou nova nota de esclarecimento da emissora. No novo texto, a TV Record encaminhou cópias protocoladas dos convites enviados ao PSDB e ao núcleo da campanha. A emissora ressaltou que pretendia garantir a Serra o mesmo espaço oferecido aos outros candidatos e reiterou que a coligação tucana não enviou nenhum representante para discutir os detalhes do debate. "O candidato e o partido jamais responderam aos documentos protocolados no PSDB, na Justiça Eleitoral ou enviados por e-mail para os responsáveis pela campanha", informa a emissora.

Haddad

O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, também entrou na polêmica envolvendo Serra e a TV Record. Na final da tarde, a campanha do petista divulgou nota manifestando "profunda preocupação com as seguidas recusas de seu adversário na disputa, Celso Russomanno (PRB), a comparecer a debates". "O candidato do PRB demonstra reiterado desrespeito ao eleitorado com essa postura injustificada. Primeiro, sua desistência causou o cancelamento do debate Folha-UOL. Depois, deixou de comparecer ao debate organizado pela Arquidiocese de São Paulo", observou o candidato do PT. Para a campanha petista, Russomanno poderia ter oferecido outra data para garantir sua participação no encontro de candidatos.

Na nota, a campanha de Haddad critica também a postura do tucano José Serra de não confirmar sua presença no evento. "José Serra (PSDB), que também não confirmara presença no debate da Record, e Celso Russomanno, devem repensar suas decisões. O debate democrático é de suma importância para o eleitorado comparar projetos e metas para São Paulo. Neste caso específico, isso seria oportuno para ambas as candidaturas, já que os dois candidatos, a 11 dias das eleições, não apresentaram programas detalhados ou metas de governo para São Paulo", critica a nota da assessoria do candidato petista.

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