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Rocha Loures foi vítima de armação, diz Temer a VEJA

Em entrevista na última quinta-feira, o presidente reafirmou que não irá renunciar e admitiu que teme estar sendo grampeado

Michel Temer (Igo Estrela/Stringer/Getty Images)

Michel Temer (Igo Estrela/Stringer/Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 3 de junho de 2017 às 12h09.

Última atualização em 3 de junho de 2017 às 14h48.

São Paulo -- Em entrevista para a revista Veja na última quinta-feira publicada na edição que chega às bancas hoje, o presidente Michel Temer (PMDB) voltou a afirmar que as acusações que pesam contra ele e o avanço das investigações contra seus aliados são fruto de uma conspiração contra o seu governo.

“Rememore o episódio da Carne Fraca. O país estava começando a se recuperar, estourou a Carne Fraca. Agora, quando anunciamos a retomada do crescimento e do emprego, estoura esse negócio para tentar atrapalhar. Pode ser uma coincidência. Mas é uma coincidência que chama a atenção”, afirmou.

Na conversa, Temer deu a entender que tanto o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures quando coronel João Baptista Lima Filho só estão sendo investigados porque são próximos a ele. E admitiu, depois da entrevista, que temia estar sendo grampeado.

Para o presidente,  a mala de 500 mil reais que foi carregada por Loures e que seria parte de um pagamento de propina da JBS é, na verdade, peça de uma armação contra seu ex-assessor, que foi preso preventivamente neste sábado. O Palácio do Planalto ainda não se posicionou sobre a detenção do aliado.

Na entrevista, Temer voltou a afirmar que não irá deixar o cargo antes de dezembro de 2018. “Eu não saio daqui, não saio daqui com a minha honra maculada. Não saio mesmo”, disse. Para a consultoria Eurásia, as chances de Michel Temer ter seu mandato abreviado são de 70%.

 

 

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