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Robinho é condenado a 9 anos de prisão na Itália por estupro

O jogador é acusado de cometer "violência sexual" em conjunto com outras cinco pessoas contra um jovem albanesa de 22 anos, em 2013

Robinho: o ex-jogador da seleção brasileira tem direito a dois recursos (Pedro Vilela/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 17h14.

Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 17h40.

Roma - O atacante Robinho foi condenado nesta quinta-feira a nove anos de prisão, na Itália , após ter sido acusado de cometer "violência sexual" em conjunto com outras cinco pessoas contra um jovem albanesa de 22 anos, em crime que supostamente ocorreu no dia 22 de janeiro de 2013, em uma boate de Milão. Na época, o jogador defendia o Milan.

A informação foi divulgada pelos veículos de imprensa italianos, que noticiaram que a juíza Mariolina Panasiti, da nona seção do Tribunal de Milão, sentenciou o brasileiro de 33 anos, hoje atleta do Atlético-MG, com esta pena após a promotoria ter pedido por uma condenação de dez anos de prisão.

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A sentença foi aplicada em primeira instância e, por isso, cabe recurso contra a mesma. E, de acordo com relatos da imprensa italiana, esta pena é colocada em suspenso (sem a necessidade de seu cumprimento) até o julgamento da apelação da defesa em segunda instância.

Pouco depois da divulgação desta condenação, o atacante negou ter cometido este crime por meio de um comunicado distribuído nesta quinta, no qual foi defendido por sua advogada e representante, Marisa Alija.

"Sobre a notícia envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclarecemos que ele já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio. Todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância", afirmou.

No caso, Robinho negou pela primeira vez a sua participação neste suposto crime de violência sexual em outubro de 2014, quando surgiu a informação de que estava sendo investigado na Itália. E agora ele reafirmou o que já havia dito anteriormente.

"Robinho lamenta o episódio, que é levantado sem qualquer fundamento, justamente em um período que atravessa uma boa fase profissional, pessoal e familiar", disse o comunicado desta quinta.

Para completar, a defesa de Robinho aproveitou para lembrar que o jogador conseguiu provar anteriormente que foi vítima de uma falsa acusação de estupro em 2009, quando defendia o Manchester City.

Naquela época, uma jovem o acusou deste tipo de abuso numa boate de Leeds, na Inglaterra. Após investigação policial, vídeos captados por câmeras do local comprovaram que a jovem em questão estava mentindo.

"Em relação ao caso de Londres, fato não apurado profundamente pela imprensa e lembrado agora de forma oportunista, Robinho informa que foi acusado de forma leviana e mentirosa; sendo que, após investigação policial (concluída), foi comprovada a sua inocência, e, em contrapartida, a autora da falsa acusação foi denunciada pela polícia londrina e responde processo pelo crime de falsa acusação e calúnia", destacou o comunicado, que em seguida finalizou:

"Robinho afirma que, apesar de revoltado, está muito bem amparado pela família e em Deus. Ele agradece a todos que torcem por ele, que conhecem sua índole, e, portanto, sabem que jamais cometeria tal ato".

Jogador do Brasil em duas Copas do Mundo, em 2006 e 2010, Robinho iniciou a sua trajetória no futebol europeu no Real Madrid, que defendeu entre 2005 e 2008, quando foi contratado pelo Manchester City, pelo qual atuou até 2010.

Em seguida, após breve período de empréstimo ao Santos, para onde voltou para a sua segunda passagem pelo clube, o atacante foi contratado pelo Milan, no qual ficou até 2014, ano em que retornou novamente ao time santista por empréstimo.

Em 2015, deixou o clube que o revelou para o futebol pela última vez e foi para o Guangzhou Evergrande, da China, onde amargou fraco desempenho antes de ser contratado no ano passado pelo Atlético-MG.

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