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Roberto Jefferson: "Ser preso seria a redenção para Lula"

Presidente do PTB reforçou que o partido não abandonará a base aliada de Temer em nenhuma hipótese

Posts do ex-deputado Roberto Jefferson no Twitter (./Reprodução)

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Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 4 de março de 2017 às 06h00.

Última atualização em 4 de março de 2017 às 06h00.

São Paulo – Para o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, uma eventual prisão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) seria explorada politicamente pelo petista. Roberto Jefferson, a EXAME.com nesta sexta-feira (3).

“Para Lula, ser preso seria a redenção. O que ele faria? Se vitimizaria e tentaria comprovar a tese de que a prisão é uma perseguição política a ele”, disse a EXAME.com nesta sexta-feira (3).

Jefferson não poupou críticas ao que classificou como “estratégia ineficiente” de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff para se defender de acusações de corrupção. “Ambos continuam com a estratégia do 'eu não sabia de nada'. Isso já virou praxe entre os líderes do PT”, afirmou.

No que depender de Jefferson, o presidente Michel Temer (PMDB) não terá dificuldades para emplacar a sua agenda reformista até o meio do ano. Ele reforçou que a legenda não abandonará a base aliada em nenhuma hipótese.

“Vamos apoiar a travessia. Jogar o Temer no chão seria uma irresponsabilidade agora”, sinalizou Jefferson.

Sobre calendário para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e no Senado, o petebista afirmou que o cronograma não está apertado e destacou que é preciso celeridade para aprovar o pacote.

“Precisamos aprovar a reforma da Previdência logo. Se deixarmos para 2018, não faremos. É preciso aprová-la para que o povo sinta que acertou ao apoiar o impeachment de Dilma”.

Indagado sobre a corrida presidencial de 2018, Jefferson aposta suas fichas na vitória do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Para ele, Alckmin “despontou” dentro da legenda tucana. “Geraldo Alckmin fez um 'governaço' e não vai ser derrubado pela Lava Jato”.

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