Aedes aegypti: a organização lembrou que é essencial manter altos níveis de prevenção (Alvin Baez / Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2016 às 08h41.
Genebra - O risco de contrair o vírus da zika durante os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, que começam na quarta-feira, é "baixo, mas não zero", segundo advertiu nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A OMS fez uma avaliação e a conclusão é a mesma tirada dos Jogos Olímpicos. O risco para os atletas e os que viajarem ao Brasil para participar dos Jogos Paralímpicos é baixo, mas não zero", disse em entrevista coletiva Tariq Jasarevic, porta-voz da organização.
Além disso, o porta-voz lembrou que a infecção do vírus da zika pode ter "severos efeitos" nos fetos de mulheres grávidas que contraem a infecção.
Por isso, a agência sanitária das Nações Unidas recomenda que as gestantes ou mulheres que pretendam ficar grávidas a curto prazo não viajem ao Brasil e nem a outras zonas ou países onde tenha sido detectado transmissão ativa do vírus.
Para o resto de pessoas, a OMS não recomenda restrição de viagens.
No entanto, a organização lembrou que é essencial manter altos níveis de prevenção para evitar a picada do mosquito Aedes Aegypt, vetor transmissor do vírus -que também é transmissível por via sexual.
"Uso de mangas longas, repelentes, ambientes protegidos, etc., a série de medidas de proteção usuais para evitar a picada de um mosquito", acrescentou o porta-voz.
Além disso, Jasarevic indicou que a OMS faz uma chamada a todos os governos do mundo para que estejam "alerta" perante a volta de esportistas e turistas procedentes dos Jogos Paralímpicos para detectar qualquer caso de contágio com zika importado.
"O contágio com zika (e a importação a terceiros países) não seria algo inesperado", especificou o porta-voz.
Na semana passada, o Comitê de Emergências da OMS decidiu que a epidemia do vírus da zika segue constituindo uma emergência sanitária de alcance internacional, dada sua contínua expansão geográfica e as amplas lacunas sobre seus efeitos neurológicos.
Nas últimas semana, foram confirmados quatro casos na Guiné-Bissau e uma centena em Cingapura.
A atual epidemia apareceu no Brasil no final de 2014 e já se expandiu a mais de 60 países. EFE