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Rio foi alertado sobre risco de Guaratiba, dizem fontes

Segundo fontes das Forças Armadas, autoridades foram alertadas sobre o risco de realizar alguns dos eventos da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba

Funcionários preparam o local onde aconteceria parte da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 17 de julho (Sergio Moraes/Reuters)

Funcionários preparam o local onde aconteceria parte da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, em 17 de julho (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 22h45.

Rio de Janeiro - Autoridades municipais foram alertadas sobre o risco de realizar alguns dos eventos da Jornada Mundial da Juventude em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, mas a decisão foi tomada por questões financeiras, disseram nesta quinta-feira fontes das Forças Armadas, que pediram anonimato.

A organização do evento anunciou mais cedo nesta quinta-feira que os eventos da JMJ programados para o fim de semana em Guaratiba foram transferidos para a orla de Copacabana, na zona sul, devido ao mau tempo no Rio de Janeiro, que transformou o local em um lamaçal.

"O barato saiu caro", disse uma das fontes à Reuters.

Os organizadores não revelaram, no entanto, o custo desta estrutura construída especialmente para o encontro de jovens católicos.

O local, que fica na zona oeste do Rio de Janeiro, receberia dois eventos com a presença do papa Francisco, a Vigília de Oração com os Jovens, no sábado, e a Santa Missa e a Oração do Angelus, no domingo.

Segundo a fonte, as Forças Armadas ofereceram à JMJ a base aérea de Santa Cruz, também na zona oeste, usada para manobras de pousos e decolagens de aviões militares. Recentemente, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que Santa Cruz era a primeira opção, mas que "não houve acordo com as Forças Armadas".

Segundo Paes, a decisão de realizar atos da JMJ em Guaratiba atendia a uma solicitação do comitê organizador para levar o evento também a uma área mais carente da cidade.


As Forças Armadas aceitariam ceder o local para o Campus Fidei desde que o custo de retirada e colocação da sinalização fosse bancado pela organização do evento ou pelos governos federal, estadual ou municipal.

"Esqueceram de calcular que para ser em Guaratiba era preciso fazer terraplanagem, rede de esgoto, dragagem e drenagem", adicionou a fonte.

Outra fonte revelou que os trabalhos em Guaratiba demoraram para começar e, por isso, o terreno encharcou e virou um lamaçal. "Tinha que há mais de um ano ter preparado o terreno, jogado brita e plantado grama", disse a fonte.

Segundo ela, além disso, as autoridades e organizadores envolvidos na JMJ sabiam da complexidade do terreno, já que há um valão próximo que deixa o local sempre molhado.

"Ali é complicado e eles sabiam disso", destacou a fonte.

Além da opção errada, teria pesado também na escolha de Guaratiba o fato de a JMJ de Madri, em 2011, ter sido realizada em uma base aérea. Para diferenciar os eventos, a organização optou pela construção do Campus Fidei.

O Campus Fidei é uma área de 1,362 milhão de metros quadrados, onde foi montada uma estrutura completa para receber os peregrinos, incluindo lanchonetes, banheiros, torre de vigilância e bebedouros.

Para chegar ao local, os fiéis fariam uma peregrinação de 13 quilômetros, cumprindo uma tradição da JMJ. Por causa da mudança para Copacabana, a peregrinação foi cancelada.

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