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Rio de Janeiro diz que está pronto para Olimpíadas

A um mês da abertura, possibilidade de notícias sobre criminalidade e zika desencorajarem turistas preocupa governo do Rio


	Olimpíadas no Rio: governantes tentam convencer turistas a vir para a cidade, mas notícias sobre crime e zika assustam
 (Divulgação / Site Pastoral do Esporte do Rio)

Olimpíadas no Rio: governantes tentam convencer turistas a vir para a cidade, mas notícias sobre crime e zika assustam (Divulgação / Site Pastoral do Esporte do Rio)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2016 às 13h40.

Por favor, venham. Os responsáveis pela Rio 2016 estão lutando para garantir que quem pretende viajar para as Olimpíadas ignore uma lista crescente de horrores, como os restos mortais encontrados na praia, a criminalidade urbana e o vírus Zika.

“Somos uma cidade grande e temos os problemas que as cidades grandes têm”, disse Rodrigo Tostes Solon de Pontes, CEO do comitê organizador das olimpíadas Rio 2016, em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York.

“Essas coisas poderiam acontecer em cidades grandes do mundo inteiro”.

O Rio está pronto? Os indícios mais recentes mostram o contrário.

Só na semana passada, o horrível descobrimento de um pé desmembrado perto da arena olímpica de vôlei piorou a onda de publicidade negativa que inclui bandidos armados em motocicletas que tentam roubar motoristas parados no engarrafamento da hora do rush em uma rua de apartamentos de US$ 500.000.

Faltando um mês para a cerimônia de abertura, resta saber se os fãs dos esportes serão desencorajados pelos alertas de segurança.

O setor turístico do Brasil já desfaleceu em meio a dois anos de recessão, mas o governo espera que cerca de meio milhão de estrangeiros visitem o país. Uma boa notícia: a queda do real torna o país mais barato para os turistas.

Plano B

Embora tenham um plano B, os organizadores continuam insistindo que não será necessário usá-lo. A nova linha de metrô que está sendo construída para os hóspedes olímpicos ficará pronta a tempo, disse Tostes, apesar de que, conforme a programação, ela começará a funcionar poucos dias antes dos festejos inaugurais.

“Não usaremos o plano B”, disse Tostes, referindo-se ao plano de contingência de transportar as pessoas de ônibus aos eventos. “Temos certeza disso”.

Os preparativos para a Olimpíada do Rio foram atribulados desde o princípio. John Coates, um vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, disse em 2014 que nunca tinha visto um país menos preparado.

À beira da falência, o Estado ficou sem dinheiro para pagar os servidores públicos, inclusive os policiais, e teve que recorrer a fundos federais de emergência.

O show não pode parar. Embora os trabalhos para finalizar a rede de transporte a tempo ainda estejam em andamento, a maior parte da obra nas sedes está terminada.

Ao mesmo tempo, o Brasil está lidando com o surto de um vírus que pode provocar defeitos de nascença e com a incerteza política depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff enquanto ela aguarda o julgamento de seu impeachment.

Leonardo de Cunha e Silva Espíndola Dias, secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, também participou da entrevista e reiterou que as preocupações com a segurança da nova linha de metrô foram infladas.

Ele também descartou a noção de que a criminalidade seja um problema. “Essa percepção não é correta”, disse ele.

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