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Rio assina acordo para combate à violência contra a mulher

A iniciativa prevê a implantação de duas unidades móveis para atendimento às mulheres vítimas de violência, principalmente no interior do estado

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 18h55.

Rio de Janeiro - O governo do estado aderiu hoje (12) ao pacto nacional de combate à violência contra mulheres e vai integrar o programa do governo federal Mulher: Viver sem violência.

A iniciativa prevê a implantação de duas unidades móveis para atendimento às mulheres vítimas de violência, principalmente no interior do estado. O investimento , de R$ 1,1 milhão, será feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República.

Os veículos são equipados para circular em áreas rurais, onde prestarão serviços de Justiça, segurança pública e atendimento psicossocial. Os ônibus contam com duas salas de atendimento, computadores com internet e serviços de impressão, geradores de energia, ar-condicionado, projetor externo para telão e copa e banheiros adaptados para a acessibilidade de pessoas com deficiência.

De acordo com a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o pacto tem o objetivo de articular o atendimento integral das vítimas por meio de serviços públicos de assistência social, abrigo e orientação para trabalho.

"Sabemos que a região metropolitana é sempre privilegiada no atendimento às vítimas. Com esse pacto nós temos a intenção de interiorizar estes serviços para mulheres que não têm acesso à Justiça e acabar de vez por todas com essa impunidade", disse.

Para a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio de Janeiro, Elícia Santos, o medo de denunciar o parceiro é um dos principias fatores que geram a impunidade. "Estamos tentando mudar essa realidade a todo custo, mas, para isso, precisamos contar com a vontade de denunciar, temos que orientar as mulheres e mostrar para elas que o problema tem solução. Esse programa irá nos ajudar muito nesse sentido", afirmou.

O secretário de Estado de Assistência Social de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, comentou os desafios que o Rio irá enfrentar com a adesão ao programa. "Será uma oportunidade de fazer diferente, não podemos permitir, com toda essa tecnologia e com o acesso às informações, que mulheres ainda sejam vítimas de violência".

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o mapa de homicídios de mulheres de 2012 mostra que o estado ocupa a 21ª posição no número de assassinatos, e a capital, o 22º lugar. Entre os 100 municípios com maiores índices de mulheres mortas, cinco são fluminenses.

Com investimento total de R$ 305 milhões em todo país, a ação conta com um orçamento inicial de R$ 30 milhões para aquisição de 54 ônibus e mais R$ 10 milhões referentes à manutenção dos veículos que circularão no interior. A previsão é que em meados de 2014 todas as unidades estejam funcionando.

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Rio de Janeiro - O governo do estado aderiu hoje (12) ao pacto nacional de combate à violência contra mulheres e vai integrar o programa do governo federal Mulher: Viver sem violência.

A iniciativa prevê a implantação de duas unidades móveis para atendimento às mulheres vítimas de violência, principalmente no interior do estado. O investimento , de R$ 1,1 milhão, será feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República.

Os veículos são equipados para circular em áreas rurais, onde prestarão serviços de Justiça, segurança pública e atendimento psicossocial. Os ônibus contam com duas salas de atendimento, computadores com internet e serviços de impressão, geradores de energia, ar-condicionado, projetor externo para telão e copa e banheiros adaptados para a acessibilidade de pessoas com deficiência.

De acordo com a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o pacto tem o objetivo de articular o atendimento integral das vítimas por meio de serviços públicos de assistência social, abrigo e orientação para trabalho.

"Sabemos que a região metropolitana é sempre privilegiada no atendimento às vítimas. Com esse pacto nós temos a intenção de interiorizar estes serviços para mulheres que não têm acesso à Justiça e acabar de vez por todas com essa impunidade", disse.

Para a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio de Janeiro, Elícia Santos, o medo de denunciar o parceiro é um dos principias fatores que geram a impunidade. "Estamos tentando mudar essa realidade a todo custo, mas, para isso, precisamos contar com a vontade de denunciar, temos que orientar as mulheres e mostrar para elas que o problema tem solução. Esse programa irá nos ajudar muito nesse sentido", afirmou.

O secretário de Estado de Assistência Social de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, comentou os desafios que o Rio irá enfrentar com a adesão ao programa. "Será uma oportunidade de fazer diferente, não podemos permitir, com toda essa tecnologia e com o acesso às informações, que mulheres ainda sejam vítimas de violência".

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o mapa de homicídios de mulheres de 2012 mostra que o estado ocupa a 21ª posição no número de assassinatos, e a capital, o 22º lugar. Entre os 100 municípios com maiores índices de mulheres mortas, cinco são fluminenses.

Com investimento total de R$ 305 milhões em todo país, a ação conta com um orçamento inicial de R$ 30 milhões para aquisição de 54 ônibus e mais R$ 10 milhões referentes à manutenção dos veículos que circularão no interior. A previsão é que em meados de 2014 todas as unidades estejam funcionando.

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