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Rio/2016 usa experiência londrina para melhorar projeto

Com o desmonte de alguns estádios, materiais serão utilizados na construção de escolas

Cerimônia de encerramento das Olimpíadas, com presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes; hoje 44% das estruturas que serão construídas para o evento no Brasil estão prontas (./Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2012 às 16h49.

Rio - Termina nesta quarta-feira o encontro promovido no Brasil pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para a troca de experiências e conhecimento entre os organizadores dos Jogos de Londres e do Rio. Desde o fim da semana passada, os integrantes dos dois comitês discutiram o andamento das obras na cidade brasileira e possíveis modificações no projeto original da Olimpíada de 2016.

Nesta terça-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, comandou uma visita do grupo ao Parque Olímpico, que foi orçado em R$ 1,35 bilhão e está em construção no antigo autódromo de Jacarepaguá. Metade da pista de corrida já foi demolida, enquanto o projeto continua a sofrer alterações.

A presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos, apresentou nesta terça-feira o mais recente desenho do plano principal do Parque Olímpico, no qual uma grande "avenida" para o trânsito dos torcedores vai dividir a principal área de competições dos Jogos de 2016.

Além de se adequar aos constantes avanços tecnológicos, o novo projeto apresentado nesta terça-feira levou em conta a filosofia reforçada com a troca de conhecimento com o Comitê Organizador dos Jogos de Londres (Locog): o foco na construção de instalações temporárias.

No Parque Olímpico do Rio, o parque aquático e as arenas do handebol e do tênis serão desmontados após a realização da Olimpíada. O ginásio do handebol, inclusive, já tem uma destinação: após a remoção, o material será usado para erguer quatro escolas municipais.


"O principal exemplo que Londres nos deu foi a simplicidade dos equipamentos olímpicos. Não se tentou fazer nada grandioso, não houve delírios arquitetônicos. Foi tudo simples e eficiente", destacou Eduardo Paes. "O parque aquático (temporário), por exemplo, era um horror (estético), mas pouparam dinheiro ao não construir uma estrutura permanente que não seria usada posteriormente."

Maria Silvia Bastos anunciou que está em 44% o nível atual de conclusão das estruturas esportivas que serão utilizadas nos Jogos do Rio, incluindo o Parque Olímpico. "O Engenhão já está pronto, a HSBC Arena está pronta, o Maria Lenk está pronto, o Maracanã vai estar (no ano que vem). Todas as instalações estarão prontas a tempo dos eventos-teste. A maioria vai ficar pronta até o fim do terceiro trimestre de 2015", destacou a presidente da EOM, admitindo, porém, que há riscos de atrasos. "Mas estamos trabalhando justamente para minimizá-los."

O prefeito do Rio também reforçou que a comunidade da Vila Autódromo será removida para um condomínio a 500 metros de seu local atual e defendeu a mudança do projeto original, que previa a manutenção da pequena favela. "Eu mesmo pedi que o primeiro projeto não incluísse a demolição da Vila Autódromo. Só depois que a Prefeitura adquiriu um terreno próximo para o reassentamento que resolvemos fazer a remoção", disse Eduardo Paes.

Ele abordou ainda seu descontentamento com a construção de um píer em forma de "Y" na zona portuária do Rio. Na opinião do prefeito, a vasta estrutura prejudicaria a visão da paisagem da cidade quando muitos navios estiverem atracados. "Mas não sou contra o píer em ‘Y’. Só acho que deveria ser em outro ponto", frisou.

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Rio - Termina nesta quarta-feira o encontro promovido no Brasil pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para a troca de experiências e conhecimento entre os organizadores dos Jogos de Londres e do Rio. Desde o fim da semana passada, os integrantes dos dois comitês discutiram o andamento das obras na cidade brasileira e possíveis modificações no projeto original da Olimpíada de 2016.

Nesta terça-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, comandou uma visita do grupo ao Parque Olímpico, que foi orçado em R$ 1,35 bilhão e está em construção no antigo autódromo de Jacarepaguá. Metade da pista de corrida já foi demolida, enquanto o projeto continua a sofrer alterações.

A presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Silvia Bastos, apresentou nesta terça-feira o mais recente desenho do plano principal do Parque Olímpico, no qual uma grande "avenida" para o trânsito dos torcedores vai dividir a principal área de competições dos Jogos de 2016.

Além de se adequar aos constantes avanços tecnológicos, o novo projeto apresentado nesta terça-feira levou em conta a filosofia reforçada com a troca de conhecimento com o Comitê Organizador dos Jogos de Londres (Locog): o foco na construção de instalações temporárias.

No Parque Olímpico do Rio, o parque aquático e as arenas do handebol e do tênis serão desmontados após a realização da Olimpíada. O ginásio do handebol, inclusive, já tem uma destinação: após a remoção, o material será usado para erguer quatro escolas municipais.


"O principal exemplo que Londres nos deu foi a simplicidade dos equipamentos olímpicos. Não se tentou fazer nada grandioso, não houve delírios arquitetônicos. Foi tudo simples e eficiente", destacou Eduardo Paes. "O parque aquático (temporário), por exemplo, era um horror (estético), mas pouparam dinheiro ao não construir uma estrutura permanente que não seria usada posteriormente."

Maria Silvia Bastos anunciou que está em 44% o nível atual de conclusão das estruturas esportivas que serão utilizadas nos Jogos do Rio, incluindo o Parque Olímpico. "O Engenhão já está pronto, a HSBC Arena está pronta, o Maria Lenk está pronto, o Maracanã vai estar (no ano que vem). Todas as instalações estarão prontas a tempo dos eventos-teste. A maioria vai ficar pronta até o fim do terceiro trimestre de 2015", destacou a presidente da EOM, admitindo, porém, que há riscos de atrasos. "Mas estamos trabalhando justamente para minimizá-los."

O prefeito do Rio também reforçou que a comunidade da Vila Autódromo será removida para um condomínio a 500 metros de seu local atual e defendeu a mudança do projeto original, que previa a manutenção da pequena favela. "Eu mesmo pedi que o primeiro projeto não incluísse a demolição da Vila Autódromo. Só depois que a Prefeitura adquiriu um terreno próximo para o reassentamento que resolvemos fazer a remoção", disse Eduardo Paes.

Ele abordou ainda seu descontentamento com a construção de um píer em forma de "Y" na zona portuária do Rio. Na opinião do prefeito, a vasta estrutura prejudicaria a visão da paisagem da cidade quando muitos navios estiverem atracados. "Mas não sou contra o píer em ‘Y’. Só acho que deveria ser em outro ponto", frisou.

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