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Reservatório estoura e perde 7 mil litros de água em Itu

Equipamento foi adquirido por meio do convênio entre o município e o governo estadual para amenizar a falta de água na cidade

Moradores de Itu, que é abastecido pelo sistema Cantareira, enchem baldes com água em uma praça da cidade (Nacho Doce/Reuters)

Moradores de Itu, que é abastecido pelo sistema Cantareira, enchem baldes com água em uma praça da cidade (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 20h48.

Sorocaba - Um dos seis reservatórios flexíveis adquiridos para abastecer a população de Itu (SP), que enfrenta grave crise hídrica, estourou na tarde desta quarta-feira após ser enchido por um caminhão-pipa. Cerca de 7 mil litros de água se perderam.

O equipamento, do tipo bolsão, foi adquirido por meio do convênio entre o município e o governo estadual para amenizar a falta de água na cidade, em racionamento drástico desde fevereiro deste ano.

O comitê de gestão da crise mandou examinar os outros bolsões para verificar a segurança do sistema. Na noite de ontem, cerca de 60 moradores interditaram uma das pistas da Rodovia do Açúcar (SP-75) em novo protesto contra a falta de água.

Como na noite anterior, eles fizeram uma barricada com paus e galhos e atearam fogo. A pista ficou fechada por mais de uma hora no décimo primeiro protesto contra a falta de água nos três últimos meses.

Comerciantes reclamam que estão pagando pelo ar que sai das torneiras. Um deles, Ivan Pereira, dono de uma lanhouse, filmou o hidrômetro girando em alta velocidade e liberando apenas ar.

Apesar de ter apenas um banheiro no estabelecimento, a conta de água subiu de R$ 180 para R$ 369 por mês.

"Estou pagando pelo ar", reclamou. A concessionária Águas de Itu informou que essa e outras contas de pessoas que reclamaram estão sendo revistas.

O barramento do rio Piraí, apontado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como futura solução para o problema de falta de água em Itu, está longe de sair do papel.

A obra é planejada por um consórcio formado pelos municípios de Itu, Salto, Indaiatuba e Cabreúva, mas o projeto esbarra em questões ambientais e áreas tombadas, além da falta de recursos.

"Para se ter uma ideia do atraso, o consórcio foi criado em 2003 e, até agora, houve pouco avanço", disse o deputado José Olímpio (PP-SP). A represa deve armazenar nove milhões de metros cúbicos de água.

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