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Renato Duque quebra o silêncio na CPI da Petrobras

Ex-diretor da Petrobras presta depoimento na CPI nesta quinta-feira; Duque foi preso na segunda-feira na 10ª fase da Operação Lava Jato

O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, presta depoimento em CPI na Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, presta depoimento em CPI na Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 13h56.

São Paulo – O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque disse que permaneceria calado em seu depoimento hoje na CPI da Câmara dos Deputados. Duque é suspeito de atuar no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da estatal. 

Em um momento, no entanto, o ex-diretor quebrou a promessa. Questionado se sua esposa teria se encontrado com Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, Duque negou.

"Minha esposa nunca esteve com o presidente Lula ou com o senhor Okamotto. Não se conheceram", disse. Segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS),  Maria Auxiliadora Duque teria ameaçado revelar o que sabia caso o marido não fosse solto da cadeia em dezembro, quando ele foi preso pela primeira vez. 

Perondi afirmou que vai convocar a esposa de Duque para depor na CPI. 

O ex-diretor foi preso na última segunda-feira, na 10ª fase da Operação Lava Jato, que investiga o esquema na Petrobras. Ele já havia sido detido anteriormente, mas foi solto por decisão do ministro do STF Teori Zavascki.

A CPI já ouviu o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e o ex-presidente Sérgio Gabrielli. Também foi ouvido o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está na lista de políticos a serem investigados no esquema.

Em depoimento, Barusco disse que quem chefiava o esquema na área de Serviços era Renato Duque. O ex-gerente de engenharia afirmou que começou a vivenciar o esquema de propina de maneira institucionalizada a partir de 2004, quando já trabalhava na diretoria de Serviços da estatal. 

Duque é um dos 27 denunciados pelo Ministério Público Federal na última segunda-feira. Segundo a Promotoria, cerca de 4,2 milhões de reais em propina teriam sido repassados para o Partido dos Trabalhadores por meio de doações legais a campanhas entre 2008 e 2010. Renato Duque era o responsável pelos pagamentos.

Veja como funcionava o esquema, segundo o Ministério Público Federal. 

Atualizado às 13h30

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