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Renan recua e minimiza sabatina para indicados a estatais

"Essa coisa da sabatina é um detalhe menor, pode até ser retirado em benefício da transparência das estatais", declarou o presidente do Senado


	Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL)
 (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Fotos Públicas)

Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 19h09.

Brasília - Após reação do Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recuou e afirmou nesta quarta-feira, 3, que a sabatina de indicados para assumir diretorias de estatais é um "detalhe menor" e que pode ser "retirado " do projeto que está sendo elaborado para regularizar o funcionamento dessas empresas.

"Essa coisa da sabatina é um detalhe menor, pode até ser retirado em benefício da transparência das estatais", disse Renan durante a sessão no plenário da Casa.

Na terça-feira, 2, após o peemedebista ter apresentado um anteprojeto para criar o que tem chamado de Lei de Responsabilidade das Estatais, a presidente Dilma Rousseff reagiu e afirmou que escolher os presidentes das estatais "é uma prerrogativa do Executivo".

Renan, que já havia negado que a proposta era uma tentativa de diminuir o poder da presidente, voltou a defender que não se tratava de interferência no governo.

"A sabatina que foi proposta é uma saída, mas não pode ser sinônimo do controle, da interferência do Legislativo. Não é isso que se quer, o que se quer é garantir a transparência", disse.

O anteprojeto apresenta no início da semana por Renan e pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estabelece uma série de regras para a gestão das empresas públicas e de economia mista.

Além de prever sabatina no Senado dos indicados ao comando das estatais, o texto fixa critérios mais rígidos para escolha dos membros de conselhos de administração, como experiência em empresas similares, e proíbe o vínculo dos nomeados com o governo - ministros não poderiam mais compor os colegiados, como Dilma fez na Petrobras quando chefiava a Casa Civil.

O Planalto classificou a sabatina como "desastre" e "retrocesso" e escalou lideranças para conversar os peemedebistas, deixando claro que o governo estava disposto negocias pontos relativos a dar melhor governança para as estatais.

Na terça, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que a sinalização de Renan facilitava a tramitação da matéria.

"Eu acho que a fala do presidente Renan é uma fala de quem está disposto a ouvir todas as opiniões e apresentar um projeto importante para as estatais", disse.

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