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Relatório de inflação reforça alta de juros em janeiro, diz Quest Investimentos

Economista Fabio Maciel Ramos avalia que cenário internacional pode pressionar os preços no Brasil em 2011

Relatório Trimestral de Inflação do BC indica necessidade de aumento dos juros (Reprodução/Banco Central)

Relatório Trimestral de Inflação do BC indica necessidade de aumento dos juros (Reprodução/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 14h23.

São Paulo - O Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central reforça a necessidade de alta dos juros na reunião de janeiro do Comitê de Política Monetária (Copom).

A avaliação é do economista da Quest Investimentos Fabio Maciel Ramos, que participou nesta quarta-feira (22) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.

“Na página 93, o relatório destaca que as projeções de inflação dos participantes do mercado (5,3%) e do próprio Banco Central (5%) estão se descolando do centro da meta, de 4,5%, e isso demanda um aumento eminente da taxa de juros. Aqui, na Quest, a gente já trabalha com 5,5% para o IPCA em 2011”, diz Ramos.

O economista explica que o viés inflacionário é de alta principalmente se houver uma recuperação da economia americana. “Estimamos uma alta de meio ponto percentual na Selic em janeiro, além de outras medidas macroprudenciais. Uma eventual manutenção dos juros básicos na próxima reunião será uma surpresa absurda”.

O relatório trimestral ressalta temores com a expansão do crédito para o mercado automobilísitico. “O Banco Central está preocupado com pessoas que eventualmente não tenham condições de pagamento no médio prazo ou que sejam mais sensíveis a qualquer turbulência internacional.”

Fabio Maciel Ramos diz que é bastante provável que o cenário internacional não seja mais desinflacionário em 2011. “Pode até se tornar inflacionário a depender da recuperação da economia americana, que pode crescer até 4% no ano que vem. E tem a China que demanda muitas commodities.”

Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, basta clicar na imagem ao lado), o economista da Quest Investimentos analisa ainda o impacto do IGP-M acima de 11% na inflação do ano que vem.

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