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Relator da CPI do Cachoeira adia leitura de relatório final

Deputado Odair Cunha disse manter um diálogo com as lideranças partidárias e, por isso, precisa de mais tempo antes de ler seu documento

O relator da CPMI do Cachoeira, Odair Cunha, e o senador Pedro Taques: relatório tem mais de 5 mil páginas e que pede o indiciamento de 46 pessoas (Antonio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 10h43.

Brasília - O relatório final da CPI do Cachoeira teve sua leitura novamente adiada nesta quinta-feira após um pedido do relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), que disse manter um diálogo com as lideranças partidárias e, por isso, precisa de mais tempo antes de ler seu documento.

O relatório, com mais de 5 mil páginas e que pede o indiciamento de 46 pessoas, foi apresentado na quarta-feira e, depois da pressão de membros da CPI mista, sua leitura foi adiada para esta quinta. Agora, a leitura está marcada para a próxima quarta-feira.

"Quero pedir para ler o relatório na próxima semana. Quero ultimar esforços necessários para o diálogo possível (com os demais líderes). Solicito então o adiamento da leitura", disse Cunha no início dos trabalhos da comissão.

O adiamento dividiu os membros da CPI. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) disse que o apoiava. "Ele tem o direito de fazer esse pedido", afirmou.

Porém, ele criticou as partes do relatório que apontam desvios do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedindo inclusive que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) o investigue por suposta omissão na Operação Vegas, da Polícia Federal.

Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) criticou o novo adiamento. Segundo ele, o relator deveria ler seu relatório e a comissão decidir se acata ou não.

"Fui subrelator de várias CPIs e nunca houve um momento em que o relator apresentasse seu relatório e depois, por insegurança, adiar a leitura. Que não tivesse apresentado", disse o tucano.

Uma fonte próxima ao relator disse à Reuters, sob condição de anonimato, que Cunha está se sentindo muito pressionado para mudar partes do relatório, inclusive pela cúpula do seu partido.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que o relator poderá fazer modificações no relatório apresentado na quarta.

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O relatório, com mais de 5 mil páginas e que pede o indiciamento de 46 pessoas, foi apresentado na quarta-feira e, depois da pressão de membros da CPI mista, sua leitura foi adiada para esta quinta. Agora, a leitura está marcada para a próxima quarta-feira.

"Quero pedir para ler o relatório na próxima semana. Quero ultimar esforços necessários para o diálogo possível (com os demais líderes). Solicito então o adiamento da leitura", disse Cunha no início dos trabalhos da comissão.

O adiamento dividiu os membros da CPI. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) disse que o apoiava. "Ele tem o direito de fazer esse pedido", afirmou.

Porém, ele criticou as partes do relatório que apontam desvios do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedindo inclusive que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) o investigue por suposta omissão na Operação Vegas, da Polícia Federal.

Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) criticou o novo adiamento. Segundo ele, o relator deveria ler seu relatório e a comissão decidir se acata ou não.

"Fui subrelator de várias CPIs e nunca houve um momento em que o relator apresentasse seu relatório e depois, por insegurança, adiar a leitura. Que não tivesse apresentado", disse o tucano.

Uma fonte próxima ao relator disse à Reuters, sob condição de anonimato, que Cunha está se sentindo muito pressionado para mudar partes do relatório, inclusive pela cúpula do seu partido.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que o relator poderá fazer modificações no relatório apresentado na quarta.

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