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Reforma trabalhista deve ser aprovada na Câmara, diz consultoria

Com a probabilidade de o recesso parlamentar de julho ser cancelado, a consultoria acredita que o projeto pode ser aprovado pelo Senado no final de julho

Câmara: a consultoria lembra que o ideal é que a reforma seja analisada rapidamente pelo Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara: a consultoria lembra que o ideal é que a reforma seja analisada rapidamente pelo Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 22h25.

Última atualização em 25 de abril de 2017 às 10h52.

São Paulo - A reforma trabalhista deve ser aprovada ainda esta semana pela Câmara, segundo a Eurasia.

Com a probabilidade crescente de o recesso parlamentar de julho ser cancelado, a consultoria acredita que o projeto pode ser aprovado pelo Senado no final de julho.

"O projeto, que busca introduzir mais flexibilidade no mercado de trabalho, terá um efeito significativo no ambiente de negócios e é o item mais importante na agenda de reformas depois da Previdência", dizem os analistas em relatório.

A Eurasia lembra que há uma greve geral marcada para esta semana, mas afirma que uma esquerda enfraquecida e o fato de o governo já ter negociado as mudanças com sindicatos significam que as condições para a aprovação do projeto "são predominantemente favoráveis".

A consultoria lembra que o ideal é que a reforma seja analisada rapidamente pelo Senado, para não se confundir com o andamento das mudanças na Previdência.

Além disso, a votação da reforma trabalhista servirá de termômetro para as mudanças previdenciárias.

"Embora a reforma trabalhista seja possivelmente tão polêmica quanto a da Previdência, é necessário um número mínimo de votos menor", lembra a Eurasia.

Por ser uma proposta de emenda constitucional, as mudanças na Previdência precisam do apoio de três quintos da Câmara, ou seja, 308 votos, enquanto a trabalhista, que é uma lei normal, precisa apenas de maioria simples (257 votos).

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