Brasil

Reforma ministerial será conduzida com cuidado, diz Kassab

Segundo Kassab, além de controlar efetivamente os gastos do governo a redução de ministérios pode servir de exemplo para outros entes federativos


	Gilberto Kassab, ministro das Cidades: "Tenho certeza absoluta que envolverá cortes importantes, em especial neste momento de contenção de despesas"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Gilberto Kassab, ministro das Cidades: "Tenho certeza absoluta que envolverá cortes importantes, em especial neste momento de contenção de despesas" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 16h33.

Brasília - O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira, 27, que a reforma ministerial será conduzida com "muito cuidado" pela presidente Dilma Rousseff e negou que o anúncio seja apenas uma ação de marketing do governo para tentar implementar uma agenda positiva.

"A reforma tem como objetivo redução de custos e o que vale é o quando ela for apresentada. Tudo (que é publicado) agora são apenas reflexões, ilações", disse. O ministro afirmou ter "certeza absoluta" que a reforma envolverá cortes significativos.

"Tenho certeza absoluta que envolverá cortes importantes, em especial neste momento de contenção de despesas", disse.

Segundo Kassab, além de controlar efetivamente os gastos do governo a redução de ministérios pode servir de exemplo para outros entes federativos.

"Pode ser um exemplo para todas as administrações públicas qualquer que seja a instância", disse. Questionado se o anúncio da reforma não seria apenas uma ação de marketing, Kassab disse que "todos sabem que não".

"Até porque foi um anúncio da intenção de fazê-la e ela vai acontecer", afirmou. Kassab disse ainda não temer que os cortes afetem pastas do PSD, como a sua própria e a do ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos.

"De maneira nenhuma, a presidente saberá escolher quais são as pastas que devem ter status de ministério, quais são as atribuições", disse.

"Afif tem espírito público e desprendimento para entender que o que vale são as atribuições e não os títulos e está pronto para colaborar, da mesma maneira eu", disse. Segundo Kassab, por ser da base aliada o PSD tem que respeitar as decisões do executivo.

"Sou ministro, mas estou pronto para servir o País qualquer que seja o titulo da minha atribuição", disse.

"Nosso partido integra base do governo e, portanto, partido respeita as diretrizes da líder dessa composição que é a presidente Dilma", afirmou.

Kassab não quis comentar os rumores de que o governo prepara uma volta da CPMF e nem qual seria a posição do partido sobre o tema. "Não tem nenhum discussão oficial e, quando não existe discussão, não existe posição", afirmou.

O ministro participou nesta quinta-feira na Comissão Geral no Plenário da Câmara e foi recebido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se manifestou pessoalmente contrário ao retorno do imposto.

"Da minha parte eu sou contrário à volta da CPMF. Acho pouco provável que aprove aqui na Casa, mas, se eles mandarem, o processo vai tramitar. Mas vejo pouca possibilidade de aprovar", afirmou Cunha.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGilberto KassabGovernoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos, e Brasil não adere à Nova Rota da Seda

Inovação da indústria demanda 'transformação cultural' para atrair talentos, diz Jorge Cerezo

Reforma tributária não resolve problema fiscal, afirma presidente da Refina Brasil