Reeleição é derrota da mídia como panfleto, diz Carvalho
Ministro ressaltou que Partido dos Trabalhadores apoia a regulação da mídia e desconversou sobre sua eventual saída do atual cargo no segundo mandato de Dilma
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2014 às 14h26.
Brasília - Principal interlocutor do Palácio do Planalto com movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 29, que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) representa a derrota daqueles que usam "a mídia como panfleto".
O ministro ressaltou que o Partido dos Trabalhadores apoia a regulação da mídia e desconversou sobre sua eventual saída do atual cargo no segundo mandato de Dilma.
"Sem dúvida nenhuma, essa vitória de um projeto acabou significando a derrota daqueles que usam a mídia como panfleto, como semeadores do ódio e da divisão do país, o que felizmente não aconteceu", comentou Carvalho a jornalistas, após participar de reunião do Conselho das Cidades, em Brasília.
"A própria mídia tem de pensar sobre o que aconteceu no Brasil, refletir sobre os excessos que aconteceram (na cobertura das eleições). Ou ela se autorregulamenta, entende o que é a participação democrática na mídia, ou cada vez mais a sua credibilidade vai pelo ralo e nada pior para uma mídia quando ela entra em descrédito, se transforma em um panfleto eleitoral, como aconteceu com vários veículos. Quem perde com isso é a própria credibilidade da imprensa."
O ministro não quis citar os nomes dos "vários veículos", mas auxiliares da presidente Dilma Rousseff condenaram reportagem da última edição da revista Veja, que publicou declaração do doleiro Alberto Youssef afirmando que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento de um esquema de corrupção instalado na Petrobras.
Durante o pronunciamento de Dilma no último domingo, logo após a confirmação do resultado das urnas, militantes do PT gritaram "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo".
"Cabe a eles (representantes da mídia) uma reflexão mais profunda se eles querem continuar nesse processo de 'descredibilização' progressiva que estamos vivendo ou se querem recuperar a credibilidade", disse Carvalho.
"O que existe é uma vontade clara, manifesta pelo PT até agora, de que se faça, de fato, uma rediscussão da mídia. Eu penso que, em relação à mídia, não temos - isso é uma opinião pessoal, minha - nenhuma atitude que mude de repente o cenário da mídia, ou que fira qualquer questão em relação à liberdade de imprensa. Isso é sagrado e terá de ser mantido. Eu prefiro devolver para a mídia a reflexão", afirmou o ministro.
Substituição
Questionado sobre os desdobramentos da reforma ministerial, Carvalho afirmou que a única pessoa que pode falar sobre o tema é a própria presidente Dilma Rousseff.
"Ela (Dilma) sabe que pode contar comigo onde ela necessitar. Sou servidor mais que de um governo, sou servidor de um projeto. Não sou eu nem a sugerir nem a demandar nada. Calma, gente. Ela tem de pensar primeiro no primeiro escalão, tudo agora é especulação."
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, é cotado para substituir Carvalho na Secretaria-Geral.
Brasília - Principal interlocutor do Palácio do Planalto com movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 29, que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) representa a derrota daqueles que usam "a mídia como panfleto".
O ministro ressaltou que o Partido dos Trabalhadores apoia a regulação da mídia e desconversou sobre sua eventual saída do atual cargo no segundo mandato de Dilma.
"Sem dúvida nenhuma, essa vitória de um projeto acabou significando a derrota daqueles que usam a mídia como panfleto, como semeadores do ódio e da divisão do país, o que felizmente não aconteceu", comentou Carvalho a jornalistas, após participar de reunião do Conselho das Cidades, em Brasília.
"A própria mídia tem de pensar sobre o que aconteceu no Brasil, refletir sobre os excessos que aconteceram (na cobertura das eleições). Ou ela se autorregulamenta, entende o que é a participação democrática na mídia, ou cada vez mais a sua credibilidade vai pelo ralo e nada pior para uma mídia quando ela entra em descrédito, se transforma em um panfleto eleitoral, como aconteceu com vários veículos. Quem perde com isso é a própria credibilidade da imprensa."
O ministro não quis citar os nomes dos "vários veículos", mas auxiliares da presidente Dilma Rousseff condenaram reportagem da última edição da revista Veja, que publicou declaração do doleiro Alberto Youssef afirmando que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento de um esquema de corrupção instalado na Petrobras.
Durante o pronunciamento de Dilma no último domingo, logo após a confirmação do resultado das urnas, militantes do PT gritaram "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo".
"Cabe a eles (representantes da mídia) uma reflexão mais profunda se eles querem continuar nesse processo de 'descredibilização' progressiva que estamos vivendo ou se querem recuperar a credibilidade", disse Carvalho.
"O que existe é uma vontade clara, manifesta pelo PT até agora, de que se faça, de fato, uma rediscussão da mídia. Eu penso que, em relação à mídia, não temos - isso é uma opinião pessoal, minha - nenhuma atitude que mude de repente o cenário da mídia, ou que fira qualquer questão em relação à liberdade de imprensa. Isso é sagrado e terá de ser mantido. Eu prefiro devolver para a mídia a reflexão", afirmou o ministro.
Substituição
Questionado sobre os desdobramentos da reforma ministerial, Carvalho afirmou que a única pessoa que pode falar sobre o tema é a própria presidente Dilma Rousseff.
"Ela (Dilma) sabe que pode contar comigo onde ela necessitar. Sou servidor mais que de um governo, sou servidor de um projeto. Não sou eu nem a sugerir nem a demandar nada. Calma, gente. Ela tem de pensar primeiro no primeiro escalão, tudo agora é especulação."
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, é cotado para substituir Carvalho na Secretaria-Geral.