Governador de São Paulo, João Doria, e Presidente da República, Jair Bolsonaro: políticos foram próximos, mas romperam (Marcos Corrêa/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de outubro de 2020 às 15h55.
Última atualização em 30 de outubro de 2020 às 17h11.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em resposta à investida que tem sofrido do presidente da Jair Bolsonaro, sugeriu que o presidente pare de atacá-lo e "comece a trabalhar". Segundo o governador, "o povo não quer briga, quer emprego". "O Brasil não quer divisão, quer compaixão. O Brasil não quer um presidente que só pensa em reeleição", completou.
A réplica foi dada ao Broadcast Político, após o presidente afirmar que Doria "só não quebrou" o Estado por causa da ajuda financeira dada pelo governo federal. Bolsonaro também se referiu ao governador como "esse da vacina obrigatória" durante discurso a apoiadores na quarta-feira, 28.
Doria e Bolsonaro aumentaram a frequência das críticas entre si desde que o Ministério da Saúde suspendeu a intenção de compra das doses da vacina contra o novo coronavírus, em produção pelo paulista Instituto Butantã.
Na última semana, em menos de 24h após a assinatura do acordo, o presidente disse que o imunizante não seria comprado. O governo paulista pleiteia junto ao governo federal o financiamento para a produção das doses e aplicação dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI) sob responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).