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Rebatendo Cunha, Moro diz que não pode silenciar testemunhas

Presidente da Câmara disse que depoimento de Júlio Camargo, acusando-o de ter recebido US$ 5 milhões em propina, foi ilegal

"Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo", disse Sérgio Moro em nota (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2015 às 16h23.

Brasília - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Operação Lava Jato na primeira instância, rebateu hoje, por meio de nota, as acusações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha .

Cunha disse que o depoimento do empresário Júlio Camargo, ontem (16) à Justiça Federal, foi ilegal. O empresário disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda entre a Petrobras e a empresa Toyo Setal.

“A 13ª Vara de Curitiba conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo", disse Moro em nota.

Mais cedo, o presidente da Câmara disse que a delação de Júlio Camargo seria nula por ter sido feita à Justiça de primeira instância, porque, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo.

"O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do país", reclamou o peemedebista.

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Cunha disse que o depoimento do empresário Júlio Camargo, ontem (16) à Justiça Federal, foi ilegal. O empresário disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina para viabilizar um contrato de navios-sonda entre a Petrobras e a empresa Toyo Setal.

“A 13ª Vara de Curitiba conduz ações penais contra acusados sem foro privilegiado em investigações e processos desmembrados pelo Supremo Tribunal Federal. Não cabe ao Juízo silenciar testemunhas ou acusados na condução do processo", disse Moro em nota.

Mais cedo, o presidente da Câmara disse que a delação de Júlio Camargo seria nula por ter sido feita à Justiça de primeira instância, porque, como parlamentar, tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo.

"O juiz não poderia conduzir o processo daquela maneira. Vamos entrar com uma reclamação para que venha [o processo] para o Supremo e não fique nas mãos de um juiz que acha que é dono do país", reclamou o peemedebista.

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