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Raquel Dodge quer retorno de conduções coercitivas

Procuradora-geral da República recorreu da decisão do ministro Gilmar Mendes, que havia concedido liminar numa ação movida pelo PT

Raquel Dodge: procuradora defendeu o restabelecimento da adoção das conduções coercitivas e rebateu as alegações de que a medida afrontaria a liberdade individual (José Cruz/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 13 de março de 2018 às 17h53.

Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu nesta terça-feira recorrer da decisão do ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que havia concedido liminar em dezembro do ano passado numa ação movida pelo PT para proibir o uso da condução coercitiva em todo o país.

A decisão do PT de mover a ação ocorreu pouco depois de seu líder máximo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ter tido contra si uma ordem de condução coercitiva em uma das fases da Lava Jato, ainda em 2016.

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Em parecer enviado ao STF, Dodge defendeu o restabelecimento da adoção das conduções coercitivas e rebateu as alegações de que a medida afrontaria a liberdade individual e a garantia de não autoincriminação assegurados na Constituição.

Para a procuradora-geral, as duas possibilidades de uso da condução coercitiva --na fase de investigações ou no curso do processo-- não ferem qualquer direito fundamental constitucional.

"Ao contrário, estão inseridas no devido processo legal constitucional ao garantir ao Estado o cumprimento do seu dever de prestar a atividade de investigação e instrução processual penal de forma efetiva e no tempo razoável e, por outro lado, orienta-se pela garantia do direito fundamental à não autoincriminação", defendeu.

Dodge destacou ainda que a medida é menos invasiva, por exemplo, do que uma prisão preventiva ou temporária. Ela pede a reconsideração de Gilmar da decisão. Se não for possível, que o plenário se manifeste sobre o pedido.

Acompanhe tudo sobre:Gilmar MendesPGR - Procuradoria-Geral da RepúblicaPT – Partido dos TrabalhadoresSupremo Tribunal Federal (STF)

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