Racha no STF; Racha no Mercosul…
Fachin vs. Lewandowski O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, revogou uma decisão do presidente da corte, Ricardo Lewandowski, sobre o cumprimento de pena após a condenação em segunda instância, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Lewandowski havia aproveitado seu plantão, em julho, para liberar o prefeito da cidade paraibana de […]
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2016 às 06h48.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.
Fachin vs. Lewandowski
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, revogou uma decisão do presidente da corte, Ricardo Lewandowski, sobre o cumprimento de pena após a condenação em segunda instância, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Lewandowski havia aproveitado seu plantão, em julho, para liberar o prefeito da cidade paraibana de Marizópolis, contrariando um entendimento da maioria dos ministros do Supremo – que em fevereiro decidiram permitir a execução da pena após a condenação em segunda instância. Fachin revogou a decisão do colega, lembrando que a Corte decidiu de forma colegiada.
–
Impeachment no plenário
Foi aprovado na Comissão Especial do Impeachment no Senado o relatório do senador Antonio Anastasia, que é favorável ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Foram 14 votos a favor e cinco contrários. No dia 9, o plenário decidirá se vai acolher a denúncia contra Dilma numa sessão que deve durar 20 horas. A votação final do impeachment está prevista para começar no dia 25 de agosto e deve durar até o dia 29.
–
Moro na Câmara
O juiz federal Sergio Moro, um dos responsáveis pela Lava-Jato, esteve na manhã desta quinta-feira em Brasília. Ele foi convidado a falar na Comissão Mista que debate o andamento das chamadas “dez medidas contra a corrupção”, além de outros pacotes anticorrupção formulados no governo Dilma Rousseff que ainda não foram apreciados. Moro defendeu o fim do foro privilegiado, elogiou o pacote de medidas proposto pelo Ministério Público e foi vaiado e criticado por parlamentares do PT.
–
Sem novas eleições
Uma das últimas bandeiras da presidente afastada Dilma Rousseff para se salvar foi derrubada por seu próprio partido. O presidente do PT, Rui Falcão, descartou que o partido apoiará a proposta de realização de um plebiscito para a realização de novas eleições. Falcão se disse crítico ao fato de a presidente colocar o próprio mandato em jogo caso retorne ao poder e também ponderou que o tempo para a convocação faria com que o plebiscito acontecesse somente em 2018, ano das próximas eleições.
–
Braskem: tá ruim, mas tá bom
As ações preferenciais da petroquímica Braskem subiram 11,2% nesta quinta-feira — a maior alta do Ibovespa. O movimento acontece mesmo depois de a companhia divulgar queda de 73% em seu lucro do segundo trimestre, que foi de 281 milhões de reais. O resultado foi influenciado pelo início da operação de sua nova fábrica no México, em junho, que ainda não gerou resultado suficiente para pagar suas despesas. Para analistas e investidores, a surpresa positiva veio do lucro operacional, que subiu 15%, para 3 bilhões de reais.
–
Luiza: cortar para lucrar
A varejista Magazine Luiza viu suas ações subir 11,9% na Bovespa depois de divulgar um relatório trimestral positivo na noite de quarta-feira 3. O lucro foi de 10,4 milhões de reais, 243% maior do que no mesmo trimestre do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o lucro é 166,1% maior que no começo de 2015. Já a receita da companhia cresceu 0,8% no segundo trimestre, fechando o período em 2,1 bilhões de reais. A melhora no lucro é resultado de um controle rigoroso nos gastos que a companhia está implementando e ainda de uma alta de 33,6% nas vendas online — que alcançaram 22,5% do total das vendas da companhia.
–
O melhor mês para os veículos
A produção nacional de veículos subiu 4,7% em julho, um aumento de 190.000 unidades em relação ao mês anterior, segundo dados da associação das montadoras de carros, a Anfavea. Na comparação com julho de 2015, o volume foi 15,3% menor. Nos sete primeiros meses do ano foram produzidos 20,4% menos veículos do que no mesmo período de 2015. As vendas de novos automóveis subiram 5,6% em relação a junho, com 181.400 veículos a mais. No mesmo mês ano-a-ano, a queda foi de 20,3% na venda de carros. É o melhor mês de vendas em 2016, segundo a Anfavea, que preferiu não afirmar que este é o início de uma recuperação.
–
O caixa de Trump
Embora esteja atrás de Hillary Clinton nas intenções de voto, o magnata Donald Trump conseguiu, pelo menos, anular a desvantagem em seu caixa de campanha. De acordo com números divulgados pelo comitê do magnata, 82 milhões de dólares foram arrecadados para sua campanha em julho — pouco menos do que os 90 milhões obtidos por Hillary. Desse montante, 64 milhões vieram de doações online. Os apoiadores do bilionário comemoram os números, uma vez que, até então, grande parte do financiamento da campanha republicana vinha do bolso do próprio Trump. Além disso, com a recusa de muitos tradicionais doadores republicanos em financiar o magnata — como a presidente da HP, Meg Whitman, que anunciou ontem seu apoio a Hillary —, os números provam o apoio que Trump tem de outros perfis de doadores.
–
Sinal vermelho na Flórida
Com a confirmação de pelo menos 15 casos de infecção pelo vírus da zika na Flórida, a preocupação é com uma possível queda no valor movimentado pelo turismo local, que foi de 82 bilhões de dólares em 2015 — a Flórida abriga o complexo de parques em Orlando, entre outros pontos turísticos. Muitos hotéis e estabelecimentos comerciais já reportaram diminuição no movimento e nas reservas em relação ao esperado para este período do ano. Na segunda-feira 1, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos emitiu nota recomendando que mulheres grávidas ou outras pessoas em situação de risco evitem viajar para áreas de risco no estado.
–
Inglaterra abaixa juros
O Banco da Inglaterra diminuiu sua taxa básica de juro de 0,5% para 0,25%, o menor nível da história e o primeiro corte em sete anos. A medida visa estimular a economia, mas enfureceu os que mantinham dinheiro investido no país. Como parte do pacote de quatro medidas para amenizar os efeitos do Brexit, a instituição também liberou fundos para os bancos, diminuindo possíveis perdas com o aumento no número de empréstimos.
–
A história oficial
Em visita a Buenos Aires nesta quinta-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, entregou milhares de documentos sigilosos sobre a ditadura argentina ao presidente Mauricio Macri. O regime ditatorial vigorou no país de 1976 a 1983, e numa visita à Argentina em março o presidente americano, Barack Obama, já havia prometido a entrega das informações — Argentina e Estados Unidos vêm se reaproximando após o fim dos 12 anos de kirchnerismo. A visita ocorre antes de Kerry seguir para o Brasil, onde assistirá à abertura da Olimpíada nesta sexta-feira.
–
Reunião no Mercosul
Em discurso ao lado de Kerry, a chanceler argentina, Susana Malcorra, disse estar preocupada com a má projeção internacional do impasse acerca da presidência do Mercosul. Uma nova tentativa de resolver a situação foi feita nesta quinta-feira, quando representantes dos membros do bloco se reunirão em Montevidéu. Em entrevista antes do encontro, o chanceler brasileiro, José Serra, defendeu a criação de um “conselho informal” para liderar o bloco durante os seis meses de mandato que, pela regra, seriam da Venezuela. Após uma semana com o Mercosul sem um país na presidência, o líder venezuelano Nicolás Maduro disse, na noite de quarta-feira 3, que seu país exercerá “plenamente” a presidência do bloco.