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"Quem sofre uma injustiça não fica bem", diz Bebianno

"Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do País. Trabalhei, fiz o que fiz por garra", disse o ministro

Gustavo Bebianno: o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, que deve ser exonerado ainda hoje (José Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 09h31.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2019 às 09h40.

Brasília - Era um homem abatido. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno , deixou no começo da tarde de domingo, 17, o hotel em que reside e se isolou desde o início da crise política para almoçar. Ele passou uma hora e meia com amigos próximos numa mesa do Tejo, restaurante de comida portuguesa na Asa Sul, no Plano Piloto.

Na saída, Bebianno relatou ao jornal O Estado de S. Paulo que ainda tenta "equalizar" todo o processo que deverá resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

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Quais os próximos passos do senhor?

O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do País. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...

Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?

Absolutamente nada. Zero.

Há uma injustiça?

100%. O presidente sabe.

Sabe?

Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?

Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando a minha cabeça.

 

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