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Quase 12% dos partos feitos no Brasil são prematuros

Entre as gestantes menores de 15 anos, o índice de partos prematuros é 10,8%


	Grávida em hospital: de acordo com o estudo, as mulheres indígenas apresentam o maior percentual de partos prematuros, 8,1%.
 (REUTERS/Michaela Rehle)

Grávida em hospital: de acordo com o estudo, as mulheres indígenas apresentam o maior percentual de partos prematuros, 8,1%. (REUTERS/Michaela Rehle)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 15h45.

Brasília - Estudo aponta que 11,7% dos partos feitos no Brasil são prematuros, ou seja, ocorrem antes de a gestação completar 37 semanas. Segundo o levantamento, coordenado pelo Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, feito com a participação de 12 universidades, entre as gestantes menores de 15 anos, o índice de partos prematuros é 10,8%. Entre as mães na faixa dos 20 aos 34 anos, 6,7% dos partos são prematuros.

O estudo Prematuridade e Suas Possíveis Causas, referente a 2010, também mostra que as regiões Sul e Sudeste são as que têm os maiores percentuais de prematuridade, 12% e 12,5%, respectivamente. No Centro-Oeste, o índice é 11,5%; no Nordeste, 10,9%; e no Norte, 10,8%.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2010, nasceram 15 milhões de crianças prematuras em todo o mundo. O Brasil está na décima posição entre os países onde mais nascem prematuros. A pesquisa também aponta que enquanto a taxa de mortalidade infantil está diminuindo, há um crescimento de desse tipo de ocorrência.

De acordo com o estudo, as mulheres indígenas apresentam o maior percentual de partos prematuros, 8,1%. Entre as brancas, o índice é 7,8%; entre as negras, 7,7%; entre as pardas, 7,1%; e entre as de pele amarela, 6,3%.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indica a relação entre o aumento da prematuridade e a realização de cesarianas. As mais altas taxas de cesarianas verificam-se nas regiões mais desenvolvidas (Sudeste, Sul e Centro-Oeste), enquanto as mais baixas estão nas regiões Norte e Nordeste. A entidade, porém, ressalta que é preciso um estudo mais aprofundado para ter certeza dessa relação.


O Brasil apresenta as mais altas taxas de cesarianas no mundo, segundo o Unicef. A entidade destaca que a incidência aumentou de 37,8% do total de partos, em 2000, para 52,3%, em 2010. A OMS recomenda que a taxa não ultrapasse os 15%, e alerta que o excesso de cesarianas aumenta a mortalidade de mães e de crianças.

De acordo com o levantamento, que teve o apoio do Unicef e do Ministério da Saúde, a prematuridade é a principal causa de morte de crianças no primeiro mês de vida. No Brasil, a taxa de mortalidade de crianças abaixo de 1 ano é 16 para cada mil nascidos vivos, segundo a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa).

O estudo também mostrou que no Brasil aproximadamente 8% dos bebês nascem com baixo peso, ou seja, com menos de 2,5 quilos. As mulheres negras respondem pelo maior percentual de nascimentos de crianças abaixo do peso, 9,4%, seguida pelas brancas, com 8,3%, e as pardas, com 8,2%. Entre as de pele amarela e as indígenas, os índices são 7,6% e 7,7%, respectivamente.

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