Quarto dia de greve agrava falta de combustível em postos de gasolina
Aproximadamente 40 mil postos revendedores de combustíveis relatam "desabastecimento generalizado"
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de maio de 2018 às 14h54.
Última atualização em 24 de maio de 2018 às 15h26.
São Paulo - A continuidade da greve dos caminhoneiros - que, além da paralisação do transporte, inclui o bloqueio de refinarias e distribuidoras - está aumentando rapidamente o número de praças sem combustível no País. Comunicados encaminhados por sindicatos regionais para a Fecombustíveis, que representa aproximadamente 40 mil postos revendedores de combustíveis, relatam "desabastecimento generalizado" em cidades gaúchas, redução drástica dos estoques na Bahia e escassez completa de combustíveis em municípios do Paraná.
No Rio de Janeiro, conforme informa o sindicato que representa os revendedores da cidade, falta combustível em metade dos postos da cidade e esse número deve chegar a 90% até o fim do dia.
Segundo informa a entidade, apenas um posto no bairro de Botafogo tem, neste momento, os três principais produtos à venda: gasolina, etanol e diesel.
Ainda segundo relatos recebidos pela Fecombustíveis, o número de postos sem combustível nas bombas cresce rapidamente em grandes centros urbanos do Paraná, como as cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Dois municípios da Região Metropolitana de Curitiba - Itaperuçu e Rio Branco do Sul - chegaram ao quarto dia da greve dos caminhoneiros sem qualquer combustível.
No litoral do Paraná, a maior parte dos postos já não tem mais combustível. Já no interior paranaense, os motoristas não encontram mais gasolina e etanol nas cidades de Ponta Grossa e União da Vitória.
A situação também é crítica no Mato Grosso, principalmente em cidades do interior do Estado. Foram confirmados postos sem produto em Tapurah, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína. Na Grande Cuiabá, revendedores têm estoques só para esta quinta-feira.