PTdoB orienta voto contra o impeachment, PSL e PMB, a favor
Silvio Costa (PE), do PTdoB, criticou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente da República, Michel Temer
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2016 às 18h17.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 18h28.
Na reta final da fala dos partidos para orientar o voto na votação da admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff , o PTdoB declarou-se contrário ao afastamento da presidente. O PSL e PMB, últimos a falar, votarão a favor do impeachment.
Silvio Costa (PE), do PTdoB, disse que a base aliada tem os votos necessários para barrar o processo e criticou o presidente da Câmara , Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente da República, Michel Temer .
“Quem está tentando assumir o poder é o PCC: Partido da Corja do Cunha. Esse canalha já deveria estar preso. Que país é esse? Onde um bandido, um homem que devia estar na cadeia quer tirar o mandato de uma mulher honrada, de uma mulher digna. Que país é esse?”, discursou Costa.
Já o líder do PSL, Alfredo Kaefer (PR), disse que Dilma desrespeitou a Constituição e deve ser impedida por isso. “Pelas contas públicas, [a presidente] gastou desordenadamente e sem autorização do Congresso Nacional. Isso é fato absolutamente verídico. Mas o fato que teve consequência muito mais grave do que isso foram as fábricas que fecharem, o comércio que trocou suas placas de promoção por placas de aluga-se e vende-se. E milhares e milhares de brasileiros perderam seus empregos, a esperança e o alento. Temos a oportunidade de fazer essa correção aprovando o impeachment e levando [o processo] ao Senado”, argumentou.
Único parlamentar do Partido da Mulher Brasileira (PMB) , Weliton Prado (MG), defendeu a admissibilidade do impeachment, mas também pediu a abertura de processo para cassação do vice-presidente da República.
“Temos que reconhecer todo o legado e conquistas que o Brasil teve no governo do ex-presidente Lula. Mas o mandato atual da presidente Dilma é indefensável. O que ela fez na economia é indefensável. A saída não é um governo Temer. Temos que ter novas eleições e uma constituinte exclusiva para fazer a reforma política”, discursou o deputado.
Para Prado, um eventual governo sob comando de Michel Temer não seria legítimo. “Se tem crime de responsabilidade da Dilma, tem também do Temer, que deveria estar sendo julgado. Se tem crime de responsabilidade da Dilma, tem por parte do governador Geraldo Alckmin e do senador Aécio Neves, quando governou o meu estado. Se teve para um, tem que ter para outro também”, ponderou.
A votação da admissibilidade do processo de impeachment da president Dilma Rousseff está em andamento. Acompanhe aqui o placar.